“A vida da vítima custou R$ 290”, diz delegado sobre prisão de suspeitos de estrangular jovem na Serra
Pedro Henrique era um jovem que fazia faculdade de Educação Física e trabalhava em um lava-jato de Vitória, sem qualquer envolvimento em atividades ilícitas
Wendeson dos Santos Sarmento e Natan Coelho Fernandes foram pesos em Barramares, Vila Velha, suspeitos de matarem o jovem Pedro Henrique dos Santos da Silva, de 25 anos, em maio de 2022. Fios de eletodomésticos foram usados pelos suspeitos para estrangular a vítima.
De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, Pedro Henrique era um jovem que fazia faculdade de Educação Física e trabalhava em um lava-jato de Vitória, sem qualquer envolvimento em atividades ilícitas.
Sandi Mori relatou que, segundo as investigações, na noite de 07 de maio de 2022, por volta das 9 horas, a vítima chegou acompanhada do Natan e do Wenderson em seu apartamento e lá permaneceram até por volta das 10 horas do dia seguinte, bebendo e conversando.
Por volta do meio-dia, os vizinhos perceberam que o apartamento estava em silêncio e resolveram ir até o local para ver se a vítima estava bem. A porta estava aberta, o apartamento revirado e a vítima morta em seu quarto com fios de eletrodomésticos.
“Foram subtraídos uma botija de gás, avaliada em R$ 90, e um aparelho celular usado, avaliado em R$ 200. A vida da vítima custou R$ 290 para estes indivíduos”, afima o delegado.
Segundo Sandi Mori, moradores do local foram ouvidos e eles relataram que os jovens permaneceram o tempo todo conversando, alegres e bebendo. Por isso estranharam o silêncio repentino.
“Pelo Natan já ser contumaz, na prática de roubo, na investigação ficou comprovado que eles cresceram o olho nos pertences da vítima e levaram o que tinha de mais valor no apartamento da vítima. Quando a DHPP chegou ao local, viu que o apartamento estava todo revirado”, cita.
Apesar de não ter envolvimento com atividades ilícitas, Sandi Mori destaca que o envolvimento com outras pessoas acabou custando a vida para Pedro Henrique.
“Ele acabou se envolvendo com atividades erradas. Não era usuário de drogas e a amizade custou a vida dele”.
Sandi Mori destaca que Natan já é um velho conhecido da polícia e tem passagens desde a adolescência. O suspeito já tem condenação pelo crime de roubo e cometeu novos crimes após a morte de Pedro Henrique.
“Agora ele vai responder pelo crime de latrocínio e roubo, ocorrido no mês de janeiro em Vila Velha. Chama a atenção não só pelo valor, mas pela brutalidade do crime, banalização de violência e pela sensação de impunidade”, afirmou o delegado.