Saiba qual será o papel de Vidigal se Weverson vencer a eleição

Compartilhe

Quando escolheu Weverson Meireles (PDT) para sucedê-lo, o prefeito da Serra Sergio Vidigal (PDT) surpreendeu o mercado político, que apostava em sua candidatura à reeleição.

Até o minuto final do registro da candidatura, era grande a torcida entre os aliados para que o pedetista fosse o nome a figurar na urna, por uma série de razões já analisadas pela coluna – entre elas o fato de Weverson, até então, ser desconhecido no município.

Após Vidigal bater o martelo e descartar um novo mandato à frente da prefeitura, começaram as especulações sobre o futuro político do prefeito. Ele descartou pendurar as chuteiras e se aposentar politicamente, mas também evitou cravar qual seria seu próximo passo.

Na manhã desta quinta-feira (17), Weverson foi sabatinado pela Pan News Vitória e pelo Folha Vitória e foi questionado sobre qual seria o papel de Vidigal caso seja eleito prefeito no próximo dia 27. Desde a pré-campanha, Vidigal tem participado ativamente de praticamente todos os atos e eventos políticos de Weverson. (veja a sabatina completa aqui: Sabatina – Weverson Meireles – youtube.com)

Ele revelou que o papel destinado a Vidigal será o mesmo que o reservado para o governador Renato Casagrande (PSB), seu principal aliado na eleição.

“O papel de Vidigal vai ser o mesmo papel de Casagrande nessa grande missão (…) Tanto Vidigal quanto Casagrande, que são meus parceiros nessa batalha para que a Serra continue avançando de maneira segura, terão papel de importantes conselheiros para o próximo prefeito da Serra, se assim a população entender, se assim Deus permitir”, disse Weverson.

Ele afirmou que, durante a campanha, tentaram tirar Vidigal do seu lado, referindo-se a ações judiciais de outros candidatos a prefeito questionado o uso da máquina pública da prefeitura em sua campanha.

O pedetista também bateu na tecla de que representa uma “renovação segura” ao ser questionado sobre ser o candidato que defende a continuidade da atual gestão.

Compromisso com pastores

Entre outros temas, Weverson também foi questionado sobre as duas cartas de compromisso que assinou com pastores e convenções de igrejas evangélicas para receber o apoio desse eleitorado. Numa das cartas ele assume o compromisso de ser contra qualquer pauta “que contrarie a palavra de Deus”.

Embora critique o debate ideológico que tomou conta do 2º turno das eleições na Serra, Weverson reuniu pastores de diversas denominações e se comprometeu, além de não contrariar a “Palavra de Deus”, a rejeitar pautas sobre “ideologia de gênero”, linguagem neutra, aborto e legalização das drogas – temas de competência federal que não passam pela gerência do município.

Questionado se o compromisso firmado com as igrejas não afetaria a laicidade do Estado, uma vez que um prefeito eleito precisa governar para todos, religiosos e não religiosos, para os que acreditam e os que não acreditam na “Palavra de Deus”, Weverson respondeu que não.

Ele disse que o compromisso firmado corresponde ao que ele crê como valores – ele disse ser cristão evangélico – e que, uma vez eleito, vai respeitar e acolher a todos. “Os compromissos da carta são compromissos que eu carrego, valores que eu carrego como cristão (…) Sou cristão, sou evangélico e tenho condições, sim, de equacionar, respeitando a todos na nossa cidade”.

Com relação à citação de projetos para a comunidade LGBTQIAPN+ em seu plano de governo, Weverson disse que aquilo que propõe já faz parte de uma legislação federal.

“A palavra de Deus é amor ao próximo, a palavra de Deus acolhe a todos (…) Eu serei um gestor que irei cumprir a legislação. A legislação precisa ser respeitada, eu sou cristão e a palavra de Deus é acolher a todos, é amor, respeito e empatia”.


Compartilhe