Prisão de “irmão Vera” levou à investigação contra lavagem de dinheiro no Rio

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Investigação que desencadeou uma megaoperação nesta quarta-feira (29) começou após a prisão de Luan Gomes

As investigações contra a quadrilha que movimentou mais de R$ 40 milhões com a lavagem de dinheiro do crime organizado do Espírito Santo e do Rio de Janeiro começaram após a prisão de um dos irmãos Vera.

Segundo a polícia, a megaoperação contra a atuação do grupo, deflagrada na manhã desta quarta-feira (29), começou em novembro de 2023. O pontapé inicial foi a prisão de Luan Gomes de Faria, em Vitória.

Ele e mais dois irmãos são conhecidos como “os irmãos Vera”. O trio é apontado pela polícia como chefe do Terceiro Comando Puro do Espírito Santo. Luan foi preso um mês após o irmão Gabriel Gomes Faria. Logo em seguida, Bruno Gomes de Faria teria ido para o Complexo da Maré.

Quadrilha cobrava R$ 10 mil de funcionários de empresas

A quadrilha alvo da megaoperação nesta quarta, de acordo com a investigação da Subsecretaria de Inteligência do Espírito Santo, extorquia funcionários de empresas de internet, água e gás.

Os funcionários só podiam atuar nas áreas controladas pela facção com o pagamento de mensalidades, que chegavam a R$ 10 mil.

Para gerenciar e ocultar os valores ilícitos, os criminosos possuíam diversas contas bancárias, incluindo as de uma casa lotérica e de um “banco paralelo“, instituição financeira irregular que operava no Complexo da Maré e oferecia empréstimos para os moradores.

Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP, em Vitória, movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano. Pedimos o bloqueio de diversas contas bancárias usadas para a lavagem de dinheiro dessa quadrilha“, informou o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto.

Megaoperação mira em facção de Vitória que atuava no Rio

operação “Conexão Perdida”, realizada nesta quarta no Rio, cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro do Espírito Santo.

Além do Complexo da Maré, são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Bonsucesso, Campo Grande, Laranjeiras e em comunidades de Vitória.


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