Morte de musa da Boa Vista: médicos revelam sinais de alerta do infarto

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A morte de Aline Bianca traz à tona os riscos da doença coronariana. Entenda os sinais e como prevenir

A morte da musa da escola de samba Independente de Boa Vista, Aline Bianca, de 38 anos, que sofreu um infarto horas depois de desfilar no Carnaval de Vitória deixou muitas pessoas em alerta no Espírito Santo. Segundo médicos, há sinais silenciosos que acompanham a doença.

A empresária passou mal em casa no domingo (23), e foi encaminhada a um hospital, mas não resistiu e morreu. A família informou que ela realizava acompanhamento médico.

Segundo o médico Robson Chamon, cardiologista do Vitória Apart Hospital, a
doença coronariana, que é a obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo do
coração, é a principal causa de morte súbita em adultos e não se desenvolve subitamente.

A doença não se desenvolve de uma hora para a outra, ela se desenvolve em anos ou décadas. Então, mesmo que você esteja habituado a fazer atividade física, você pode estar desenvolvendo a doença. É a principal causa de morte súbita em atletas, adultos acima de 35 anos, e pode não dar sinal nenhum.

Quais sinais podem emitir alerta para a doença?

Em entrevista ao programa Fala ES, o médico Diogo Barreto descreve que, muitas vezes, alguns pacientes ignoram os sinais por acreditarem que a doença seria uma crise de ansiedade. Mas é necessário procurar atendimento médico para descartar um possível infarto.

Devemos observar se tem uma dor no peito, irradiando para o músculo superior, acompanhada de falta de ar, náuseas. Caso apresente sinais, procure o atendimento médico para fazer os exames básicos.

O médico Robson Chamon destacou que alguns sinais estão relacionados com uma sobrecarga do coração. Entre eles estão um cansaço, um esforço que conseguia fazer antes normalmente e já não consegue por algum motivo.

“Ou algum desconforto no peito, pode ser um aperto, uma queimação, uma ardência, alguma coisa assim. Ou até um desconforto até abdominal, que melhora quando fica em repouso. Então, isso seria o clássico. Fez esforço, sentiu, repousou, melhorou”.

“Carnaval é como uma competição”, diz médico

Além disso, o cardiologista compara o Carnaval a uma competição. Seja nos desfiles na avenida, seja na intensa maratona de bloquinhos de rua, a folia exige muito do corpo.

“O Carnaval geralmente tem situações muito adversas. Tem o calor extremo, a atividade física é extenuante e a mentalidade é de competição. A tendência é que mesmo sentindo alguma coisa, a pessoa não pare e queira continuar até o final. Então, tem que ser visto como uma competição, que essas pessoas tenham pelo menos um acompanhamento cardiológico ou façam uma avaliação pré-desfile”, orienta Chamon.


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