Inverno e pouca ingestão de água aumentam os casos de infecções urinárias
Caso não sejam tratadas corretamente, as infecções podem se tornar mais graves, levando até a quadros de Sepse
Com a chegada do inverno, diversas doenças possuem aumento no número de casos. Alguns exemplos mais comuns são os problemas respiratórios, gripes, resfriados, entre outros, mas as infecções urinárias também se manifestam e devem ser tratadas o quanto antes. Nos últimos dias veio a público a história de Gabrielle Barbosa, de 20 anos, que teve seus pés e mãos amputados após uma infecção urinária. O caso da jovem acendeu um alerta: infecções urinárias devem ser tratadas com remédios certos e de forma ágil.
Existem dois tipos de infecção urinária, uma baixa (cistite) e a outra alta (pielonefrite). “A cistite é mais leve, com sintomas de ardência para urinar, dor abdominal e urgência miccional. A pielonefrite é um quadro mais grave, com dor nas costas e febre, e muitas vezes necessita de internamento para iniciar medicação endovenosa”, explica o médico clínico geral do Hospital Vita, Dr. João Carneiro. No caso de Gabrielle, médicos responsáveis pelo caso acreditam que tenha sido o segundo tipo, tendo em vista que a infecção, após alguns meses do tratamento, chegou até o fígado, se tornando generalizada, o que é chamada de Sepse.
No inverno, é comum que os números aumentem por alguns motivos, entre eles uma ingestão menor de água. Ainda segundo o clínico geral, os principais sintomas são ardência para urinar, juntamente com dor na região da bexiga, alteração na cor e odor da urina e aumento na frequência urinária. Em casos mais graves, como o da jovem, os sintomas que surgem são febre e um mal-estar geral, podendo até progredir para desmaios.
Diagnóstico e tratamento
O principal meio de diagnóstico é feito a partir dos sintomas relatados pelos pacientes, mas alguns exames são realizados para confirmação. Segundo Carneiro, o principal é o parcial de urina com cultura, seguido de outros exames e dependendo do quadro clínico. De acordo com a gerente-executiva da Biolag, Dra. Suelen Moraes, os principais materiais utilizados na coleta do exame são o frasco de boca larga e o frasco cônico. O primeiro é onde o paciente realiza a lavagem e inicia a coleta da urina e, após a coleta, o transfere para o segundo frasco, que é encaminhado para análise em laboratório. Ainda de acordo com a biomédica, 99% das infecções urinárias em pacientes ambulatoriais é causada pela bactéria Escherichia coli.
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Caso o diagnóstico dê positivo para a infecção urinária, o tratamento é feito com antibióticos, e o tempo de cura depende de cada paciente. De acordo com Carneiro, médico do Hospital Vita , alguns casos são tratados em dose única, já outros tratamentos duram entre dez e 14 dias, como é o caso da pielonefrite, um tipo de infecção urinária mais grave e com sintomas mais graves.
Em casos mais graves, como, por exemplo, a progressão da infecção para uma Sepse, o diagnóstico rápido e certeiro pode salvar vidas. A empresa brasileira Mobius Life Science fornece kits para identificação de patógenos e genes de resistência aos pacientes sépticos. Se o diagnóstico é feito rapidamente, identificando o patógeno responsável pela infecção, e o tratamento for iniciado no intervalo de poucas horas, o paciente tem mais chance de sobreviver e ficar sem sequelas.
Cuidados no inverno
Nessa época do ano, alguns cuidados devem ser redobrados, a fim de evitar as infecções. Entre os principais, é necessário aumentar a ingestão de líquidos, principalmente água, que costuma ter a quantidade reduzida no inverno. Também é preciso consumir frutas e verduras. Utilizar roupas íntimas mais leves também é indicado, pois roupas apertadas retém calor e facilitam a proliferação de bactérias.
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