Haddad fala em ‘ventos favoráveis’ e volta a defender queda da Selic: ‘Existe muito espaço para corte de 0,50 ponto percentual’
Comitê de Política Monetária se reúne na próxima semana para decidir sobre a taxa de juros do país. Para Haddad, o primeiro questionamento era se o juro iria cair. ‘Depois, quando; e agora, quanto’.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira (28) cortes na taxa de juros do país. Para ele, os ventos estão “favoráveis” para a economia brasileira, e está “mais do que na hora” de um alinhamento entre as políticas fiscal e monetária.
“Os ventos estão favoráveis. O mundo olha para o Brasil com outros olhos, mas está mais do que na hora de alinharmos política fiscal e monetária para o país voltar a sonhar com dias melhores”, disse.
Em coletiva de imprensa no gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo, Haddad afirmou que o caminho para cortes na Selic está “pavimentado”.
“Primeiro, [a dúvida era] se o juro vai cair. Depois, quando. E, agora, quanto”, disse o ministro, que afirmou existir “muito espaço para um corte de 0,5 ponto percentual” na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), previsto para a semana que vem.
Agências de risco
O ministro citou o movimento de elevação da nota de crédito do Brasil por agências de risco como um fator de reforço para a queda da Selic na próxima quarta-feira (2). Nesta sexta, a Austin Rating e a DBRS anunciaram a elevação de perspectiva do país em meio a “melhora do ambiente fiscal”.
“Penso que, às vésperas de uma semana importante, diante da primeira reunião do segundo semestre do Copom, é importante salientar que o mundo inteiro já compreendeu que está acontecendo alguma coisa boa no Brasil”, disse Haddad.