“Ela me abraçou antes do tiro”, diz irmão de vítima assassinada por causa de som alto
O crime aconteceu na noite desta sexta-feira (31), em Colatina, por causa de uma discussão sobre o volume de uma caixa de som
O corpo da mulher de 40 anos que foi assassinada no início da noite desta sexta-feira (31), por um vizinho em Colatina, foi levado para ser sepultado neste sábado em Ponto Belo, sua cidade natal.
Lindilene Pereira dos Santos foi morta por causa de uma discussão sobre o volume de uma caixa de som.
De acordo com irmão da vítima, tudo começou depois que a mãe do autor do crime reclamou do som alto. Ele afirmou que diminuiu o volume da caixa de som, mas mesmo assim o vizinho teria invadido a casa dele e o agredido.
Depois da briga, o vizinho atirou pedras no terraço da casa, danificando duas máquinas de lavar e, na sequência, arrancou os fios de energia, deixando a casa sem luz. Foi quando ele e a irmã decidiram chamar a polícia.
Cerca de duas horas depois do início da confusão, quando a polícia já havia deixado o local, ele e a irmã tentavam restabelecer a energia da residência e foram surpreendidos pelo criminoso.
Nesse momento, ele realizou os disparos contra a vítima. O irmão de Lindilene disse que ele é quem seria o alvo dos disparos, e que a irmã morreu em seu lugar.
“Ela me abraçou e disse: ‘cuidado Fabiano!’ O tiro era pra acertar em mim, mas acabou acertando a minha irmã. Ele acabou com a vida dela e com a minha também”, lamentou Fabiano.
Um dos disparos atingiu a cabeça de Lindilene, que chegou a ser socorrida mas não resistiu.
Para realizar um desejo já manifestado pela vítima anteriormente, o corpo foi levado para ser enterrado no município de Ponto Belo.
Junto com a dor da perda, os familiares agora querem justiça.
“A gente quer justiça por ela, pelos filhos e pelos familiares. Ele precisa ser encontrado e pagar pelo o que fez” disse Stefani Sepulcro, nora da vítima.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina. Até o momento, nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados.