Banco Central faz intervenção para tentar regular mercado de câmbio
Na noite de segunda-feira, 1º, o Banco Central do Brasil realizou sua primeira intervenção extraordinária no mercado de câmbio desde dezembro de 2022. Além do agendamento habitual de rolagem de 16 mil contratos de swap, equivalentes a 800 milhões de dólares, para as 11h30, o BC anunciou que injetaria mais 1 bilhão de dólares, através de 20 mil contratos, na sequência.
O objetivo dessa ação inesperada, conforme explicado pelo BC em nota, é assegurar a “manutenção do funcionamento regular do mercado de câmbio”. A medida vem como resposta à necessidade de instrumentos cambiais devido ao resgate da NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3) previsto para 15/4/2024, um título indexado à variação do dólar, cujo vencimento iminente poderia intensificar a demanda pela moeda estrangeira e influenciar o câmbio.
A operação de swap cambial é um mecanismo pelo qual o Banco Central fecha um acordo com partes que buscam proteção contra flutuações cambiais. O contrato estipula que o BC compensará a variação do dólar, acrescida de um juro (cupom cambial), enquanto o investidor arcará com a variação da taxa Selic. Tal estratégia é pensada para oferecer um hedge cambial ao mercado, proporcionando liquidez e minimizando a volatilidade do dólar, ao evitar a necessidade de aquisição direta da moeda.
Este movimento vem após o dólar atingir o valor de R$5,05 no encerramento da sessão de segunda-feira, 1º, seu maior nível desde outubro do ano anterior, marcando uma valorização de 3,92% no acumulado do ano.