6 toneladas de carnes estragadas e sem procedência: Distribuidora é fechada e empresário é preso em Vila Velha
De acordo com a Polícia Civil, é a segunda vez que o estabelecimento é alvo de fiscalização somente neste ano. O estabelecimento foi interditado e o empresário preso e autuado por fabricar produtos fora das normas, propaganda enganosa e vender alimentos impróprios para o consumo.
Seis toneladas de carnes estragadas e sem procedência foram apreendidas em um frigorífico localizado em Ilha das Flores, Vila Velha, na Grande Vitória, nesta terça-feira (11) pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor do Espírito Santo (Decon). O estabelecimento foi interditado e o empresário responsável foi preso e autuado por fabricar produtos fora das normas, propaganda enganosa e vender alimentos impróprios para o consumo.
Ainda de acordo com a polícia, durante a operação foi constatado que as carnes eram embaladas fora das regras da Vigilância Sanitária, tinham rótulos que não condiziam com a realidade da produção e estavam mal conservadas.
O superintendente do Procon de Vila Velha, George Pereira Alves, afirmou que o frigorífico está impedido de funcionar até o estabelecimento entrar em conformidade com a legislação.
“Esse local não pode funcionar porque hoje o Procon deu uma decisão cautelar, ou seja, no bojo do processo, impedindo essa empresa de continuar funcionando até que demonstre, por meio de documentos, alvarás que podem operar de forma segura sem colocar em risco a saúde da nossa gente na mesa”, disse o superintendente.
A operação foi realizada em parceria com a Prefeitura de Vila Velha, por meio do Procon Municipal, e o Instituto de Defesa Agrária e Florestal (Idaf), com o objetivo de combater o comércio clandestino de carne.
O empresário preso foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viagem (CTV). De acordo com a Polícia Civil, a pena para estes crimes pode chegar a cinco anos de prisão.
Para onde iam as carnes?
Ainda segundo a operação, foram encontradas 400 notas fiscais de carnes vendidas e todos os destinatários desses produtos serão investigados pela polícia.
Condições da carne apreendida
De acordo com o delegado Eduardo Passamani, os policiais e fiscais encontraram carnes com rótulos que induziam o consumidor ao erro, além de outras irregularidades.
“Ele dizia que produzia aquilo em um lugar, mas produzia em um lugar totalmente insalubre, sem condições”, destacou o delegado.
O delegado descreveu o estado em que algumas carnes foram encontradas.
“Foi encontrado carne, atestado pelos médicos veterinários, que era imprópria pra consumo, aparentava uma coloração amarelada, apresentava odor, indícios que podia ter a colonização de microbactérias e microrganismos que poderiam fazem mal à saúde humana”, disse. o delegado.
Não foi a primeira vez
A polícia explicou ainda que não foi a primeira vez que o frigorífico foi alvo de operação. Em março deste ano, uma ação de fiscalização apreendeu no estabelecimento 14 toneladas de carne suína de origem clandestina.
Já no dia 5 de julho de 2022, a mesma empresa foi alvo de outra operação e, no local, foram apreendidas 15 toneladas de carne de origem suína.