Lula volta ao Brasil com desafio de reorganizar articulação política

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O presidente Lula (PT) regressou, na madrugada deste domingo (7/5), a Brasília, depois de passar três dias no Reino Unido para participar da coroação do rei Charles III. Sem agendas oficiais no Palácio da Alvorada, ele inicia a semana com o desafio de reorganizar a base aliada no Congresso Nacional.

O governo Lula foi surpreendido por duas derrotas na câmara dos deputados. A primeira foi a votação que abre brecha para a derrubada da regulamentação do marco legal do saneamento básico, assinada pelo presidente. A segunda foi o adiamento da votação do PL das Fake News.

O petista deverá retomar, nesta semana, as conversas com ministros e parlamentares em torno da liberação de emendas parlamentares.

Na semana passada, antes de embarcar para Londres, Lula recebeu, na residência oficial, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na ocasião, os dois discutiram a relação entre o Executivo e o Legislativo.

Críticas de parlamentares giram em torno da falta de assertividade em decisões, do excesso de reuniões e da atuação de ministros da área da articulação. Depois de enviar um recado a seu ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Lula saiu em defesa dele e negou qualquer informação de que pretende tirá-lo da pasta.

“Padilha é o que país tem de melhor na articulação política”, diz Lula

 

CPIs

Esta semana também poderá trazer algum encaminhamento em relação às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) do 8 de janeiro e do MST, aliado histórico do PT.

Ainda que o governo consiga garantir maioria nos colegiados, o foco nas comissões preocupa o governo, especialmente em um momento em que há pressa para aprovar matérias econômicas, como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária.

Pesa, ainda, a demora do governo para nomeação de cargos de segundo e terceiro escalão, de interesse de partidos do Centrão e usados como moeda de troca para apoio no Congresso.

A reorganização da base na primeira quinzena de maio se faz ainda mais necessária porque Lula tem nova viagem agendada no fim do mês, para o Japão, para participar, como país convidado, dda cúpula do G7.


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