Travessias clandestinas no Canal da Mancha: 136 migrantes são resgatados de barcos precários em 48 horas

Compartilhe

Na manhã de sábado, 115 pessoas foram resgatadas após as partidas abortadas de dois barcos, um de Dunquerque (cidade litorânea francesa perto da Bélgica) e outro da Baía de Wissant (região de Pas-de-Calais), de acordo com um comunicado da Prémar.

O barco que partiu de Dunquerque sofreu danos no motor. Pouco depois da partida, o barco se partiu no mar e alguns de seus ocupantes caíram na água. Os navios de resgate salvaram 38 pessoas que estavam bordo.

Ao mesmo tempo, o barco que havia saído da Baía de Wissant, “em péssimas condições”, também se despedaçou no mar. Dessa vez, um rebocador de assistência e salvamento resgatou 77 pessoas.

Na sexta-feira, a Prémar já havia resgatado 21 pessoas após duas partidas de “pequenos barcos”, nome dado aos botes semi-rígidos improvisados, muitas vezes sobrecarregados, usados pelos migrantes para atravessar o Canal da Mancha.

Leia tambémReino Unido impõe novas medidas para conter tráfico de migrantes

Entre sexta-feira e sábado, mais de mil pessoas chegaram às águas britânicas em barcos semelhantes, de acordo com dados oficiais britânicos: 437 a bordo de sete barcos na sexta-feira e 583 a bordo de oito barcos no sábado. Isso representa uma média de 68 pessoas por barco.

Desde 1º de janeiro, mais de 18 mil pessoas atravessaram o Canal da Mancha em pequenos barcos, de acordo com as autoridades britânicas, incluindo mais de 3.500 desde 11 de junho, graças a uma janela climática favorável de cerca de dez dias, que favoreceu as travessias.

Atualmente, conforme a lei internacional do mar, quando um barco está na água, as autoridades francesas só intervêm se os passageiros solicitarem assistência. Mas, sob pressão de Londres, Paris poderá passar a interceptar “barcos-táxi” que levam os migrantes nas travessias a até 300 metros da costa.


Compartilhe