Universidades brasileiras desenvolvem adesivo que substitui picadas de agulha na aplicação de vacinas

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O adesivo possui micro agulhas de menos de 1 mm. A intenção é que, no contato com a pele, a pessoa não sinta nenhum incômodo, muito menos dor. Ele vai poder ser aplicado em qualquer parte do corpo e, para ter efeito, só pode ser retirado depois de uma hora.

Pesquisadores de diversas universidades brasileiras estão elaborando uma nova forma de aplicar vacinas.

Dia do Davi, de 1 ano, tomar vacinas. O irmão Caio, que foi só acompanhar, ficou arredio. Jussara, médica e mãe de Davi, sabe o tanto que é necessário proteger os filhos.

“Lógico, a vacina, a imunização é super importe. Têm que ser imunizadas, as crianças”, afirma.

E uma ajuda importante da ciência promete amenizar a hora da vacina. Pesquisadores da UFMG, em parceria com uma rede de cientistas de diferentes universidades brasileiras, estão testando um produto que deve acabar com o uso de seringas e agulhas na aplicação de vacinas. É um adesivo minúsculo, de cerca de 5 mm.

O primeiro teste foi feito em peles humana e animal de um banco de pele internacional. O resultado foi promissor, porque não apresentou irritação, alergia, nem inflamação. O próximo passo é fazer o mesmo teste, só que em animais vivos. Nessas duas etapas, os cientistas não usam imunizante no adesivo. A intenção é verificar se o produto é tóxico.

“O uso em camundongos, que é o modelo animal, em que você vai ver se tem algum problema sistêmico, se isso pode causar alguma alteração sistêmica, ou seja, se vai causar toxicidade nos rins, se vai causar toxicidade no fígado, se o animal vai sentir desconforto por ter essa aplicação”, explica Lídia Andrade, pesquisadora da UFMG.

E na última etapa, na UFMG, que deve ocorrer até 2025, o adesivo será testado com imunizantes. Primeiro em animais e, depois, em humanos.

O adesivo possui micro agulhas de menos de 1 mm. A intenção é que, no contato com a pele, a pessoa não sinta nenhum incômodo, muito menos dor. Ele vai poder ser aplicado em qualquer parte do corpo e, para ter efeito, só pode ser retirado depois de uma hora.

Segundo a Anvisa, não há, no Brasil, vacinas registradas na forma de adesivo para aplicação em humanos e ainda não existe previsão de quando os adesivos imunizantes vão estar disponíveis no mercado.

“Acredito que, com essa tecnologia, a gente vai ter mais adeptos a receber os medicamentos. A cobertura vacinal aumenta, fora as demais aplicações dessa tecnologia”, afirma Guilherme Mattos Jardim Costa, pesquisador UFMG.


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