TORCIDAS QUEREM VOLTA DAS BANDEIRAS NOS ESTÁDIOS

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Tenho visto nas redes sociais que os representantes das torcidas organizadas dos times capixabas estão tentando a liberação das bandeiras nos estádios de futebol.  Proibidas em vários estados, como medida de segurança, para evitar o uso dos mastros em caso de confusão entre as torcidas. Em alguns Estados essa proibição acabou virando lei estadual.  A meu ver, medida acertada.

Em São Paulo, a proibição existia desde 1996, entretanto, em julho de 2022, o Tribunal de Justiça afirmou que as diretrizes para o retorno e o “ingresso controlado” do material aos estádios seriam estabelecidas pela Polícia Militar. E assim foi feito. Outra medida acertada.

A PM estabeleceu os critérios para o ingresso de bandeiras, com mastros ou suportes, nos estádios de futebol, ginásios de esportes e outras instalações destinadas a eventos desportivos. Dentre estes, o uso desses artefatos é restrito para os setores das torcidas organizadas em São Paulo.

Além disso, o órgão impõe limites de uso: até dez unidades para cada torcida organizada; o mastro deve ser, exclusivamente, vara de bambu, entre seis e oito metros de comprimento; e deve possuir, gravado de forma visível, a identificação da torcida organizada a qual o material pertence. Todos os objetos passarão por vistoria antes do ingresso nas arquibancadas.

No entanto, a decisão também prevê que o limite de bandeiras será definido, a cada partida, pela autoridade policial-militar responsável pelo policiamento do evento. Para isto, alguns aspectos devem ser considerados, como quantidade de público previsto e histórico de animosidade entre as torcidas participantes.

Os objetos de que tratam esta medida são de uso exclusivo das torcidas organizadas, para torcer e expressar manifestação de apoio aos times protagonistas do espetáculo. Porém, a responsabilidade é do portador do mastro ou suporte, em conjunto com os dirigentes da torcida organizada, zelar pela sua utilização, pautada por aspectos de urbanidade, civilidade e respeito aos demais torcedores e pessoas envolvidas no evento. Vale lembrar que, em São Paulo, os clássicos de futebol são com torcida única do mandante do jogo.

Essa é uma sugestão que talvez pudesse ser adotada no Espírito Santo pela Polícia Militar. Compete uma discussão ampla com os representantes das torcidas organizadas para que no futuro, espero que seja bem próximo, as bandeiras voltem a tremular nas nossas praças esportivas. No clima de carnaval, posso afirmar que a bandeira é um adereço nota 10 e que faz parte da nossa cultura esportiva. Estou na torcida.

 

Fernando Zambom

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