Secretaria de Saúde investiga morte suspeita por febre oropouche no ES
Mais de de 500 casos (565) foram confirmados no Espírito Santo até agora. No Brasil foram 8.261. Saiba como são realizadas as análises laboratoriais
Em seguida, as amostras passam pelo teste chamado RTPCR. Atualmente o laboratório tem capacidade para realizar cerca de 4.500 testes diariamente. Ainda segundo Rodrigo, o local está preparado para detectar materiais genéticos de diversos patógenos.
A etapa final do processo de investigação consiste no sequenciamento genômico. Para explicar essa etapa, o diretor faz uma correlação. De acordo com Rodrigo, é como se fosse um exame genético de paternidade só que em vez de buscar a identidade de um ser-humano, o objetivo é identificar o patógeno.
“Então, o que que é feito aqui, aquela etapa que iniciou lá na biologia molecular, com isolamento identificação por RTPCR são adicionados mais reagentes aquela reação e aí a gente vai conseguir agora identificar cada uma das bases que são aquelas unidadezinhas que compõem o código genético do vírus”.
A expectativa é de que o resultado final do óbito investigado seja liberado ainda esta semana.
O que é e quando surgiu a doença
A febre do oropouche surgiu em 1960, na região amazônica e se espalhou para outros estados do país.
A doença é causada por um arbovírus, ou seja, vírus transmitido por artrópodes. Trata-se de um inseto bem pequeno, de um a três milímetros, popularmente conhecido como “maruim” ou “mosquito pólvora”.
alerta o médico infectologista, Eduardo Pandini.
“É uma doença que até pouco tempo atrás estava restrita a região amazônica, é uma doença febril que se assemelha muito a dengue, apesar de ser mais branda. Ela até julho desse ano não tinha sido registrado nenhum óbito por oropouche”, disse o médico infectologista Eduardo Pandini.
Sintomas da febre do oropouche
A atenção para os sintomas da doença precisam ser redobrados, uma vez que os sinais podem ser parecidos com outras arboviroses, como dengue, chikungunya e febre amarela.
* Febre de início súbito;
* Cefaleia (dor de cabeça);
* Mialgia (dor muscular);
* Artralgia (dor articular).
* Tontura;
* Dor retro-ocular;
* Calafrios;
* Fotofobia;
* Náuseas;
* Vômitos.
E um alerta. Ao sentir os sintomas e desconfiar da doença, a recomendação é buscar ajuda médica o quanto antes. Para evitar o contágio, o ideal é usar repelentes e manter os quintais limpos.
Sobre o tratamento, não existe um específico. Consiste em repouso e no uso de medicamentos que aliviem os sintomas, porém, sempre acompanhados por um especialista.