RELACIONAMENTO ABUSIVO
Com toda minha experiência na advocacia e com atendimentos a mulheres em especial, tenho convivido com muitos casos de Relacionamento Abusivo, o que chamamos de RA.
Muitas são as mulheres que vivem, por anos, esse tipo de relacionamento e só se dão conta quando conversam com alguém ou quando são agredidas fisicamente.
É importante mencionar que pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil tem o quinto maior número de homicídios no mundo, sendo a maioria dos crimes cometidos dentro de casa, não raro, por pessoas próximas às vítimas.
Também foi informado que mais de 500 mulheres são agredidas a cada hora no Brasil.
Diante dessas informações, é muito importante que possamos entender se estamos vivendo um relacionamento abusivo, ficando atenta a quatro fatores muito importantes:
1 – Há limitação significativa em alguma área da sua vida que não havia antes?
Exemplos: ele pergunta com quem e aonde você vai o tempo inteiro; questiona a necessidade de você sair mesmo que esteja indo à casa da sua mãe ou de uma amiga; condena amizades , tenta convencer você a se afastar das pessoas com quem tem mais contato; alega que te ama de verdade e que isso basta; fiscaliza o que você faz e como se comporta o tempo todo; critica demais e sem motivo, desvaloriza suas qualidades e age de forma a anular sua autoestima progressivamente; invalida seus sentimentos, distorce a realidade com tamanha convicção que faz com que você duvide da própria sanidade.
- Você se sente insegura em ser espontânea, ou se mostra apreensiva quando precisa tomar alguma decisão sem ter consultado o seu parceiro? Parece nitidamente “pisar em ovos” na relação?
- Você já sente alguns danos emocionais e psicológicos ou desenvolveu transtornos típicos que podem ter um Relacionamento Abusivo como causa motivadora?
- Há um desequilíbrio de poder entre você e seu parceiro? ou você se sente submissa?
Não existe relacionamento sem conflitos. As pessoas são diferentes! Além disso, nas dinâmicas relacionais entram em jogo muitas questões, como uma dose de ciúme, que nos faz sentir amadas, aquela preocupação e atitudes protetivas que traduzem acolhimento.
As discussões, quando acontecem, devem sempre objetivar um ponto de encontro para o diálogo e o crescimento do casal.
Fique atenta, faça uma reflexão, identifique o seu caso e se positivo, peça ajuda!
Atenção: Esse post tem finalidade apenas informativa e não substitui uma consulta a um profissional. Procure profissionais especializados no assunto, pois eles poderão analisar seu caso em especial.
Steleijanes Carvalho