Quem é o favorito ao título da Libertadores: Botafogo ou Atlético-MG?

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Pela quarta vez em seis anos, a final da Libertadores será 100% brasileira. Agora, com Botafogo x Atlético-MG, que vão decidir o título no dia 30 de novembro

Pela quarta vez em seis anos, a final da Libertadores será 100% brasileira. Agora, com Botafogo x Atlético-MG, que vão decidir o título no dia 30 de novembro no Monumental de Núñez, na Argentina.

É a primeira vez que o Botafogo chega à final, enquanto o Galo, campeão em 2013 com Ronaldinho Gaúcho, fará a sua segunda decisão de Libertadores.

DOMÍNIO BRASILEIRO

O Brasil tem dominado a competição nos últimos anos e venceu as últimas cinco edições, com Flamengo (2019), Palmeiras (2020 e 2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023). O sexto título seguido já está garantido, com Botafogo ou Atlético-MG.

Neste período, a final teve somente times brasileiros em quatro oportunidades. As exceções foram em 2019, quando o Fla venceu o River Plate, e no ano passado, com o Flu derrotando o Boca Juniors.

FINAIS BRASILEIRAS DA LIBERTADORES EM JOGO ÚNICO:

> 2020: Palmeiras 1 x 0 Santos
> 2021: Palmeiras 2 x 1 Flamengo
> 2022: Flamengo 1 x 0 Athletico-PR
> 2024: Botafogo x Atlético-MG

QUEM É O FAVORITO?

O Botafogo é o time mais espetacular desta edição da Libertadores. Saiu de azarão, tendo que passar por duas fases preliminares, para ser finalista com uma equipe de muita entrega tática, força física e velocidade.

A atuação irregular na derrota para o Peñarol por 3 a 1 no jogo de volta das semifinais não arranha a campanha alvinegra até aqui. Um time que começou no ritmo de Júnior Santos, até agora artilheiro da Libertadores. Mas que perdeu o jogador que era sua principal peça e não se abateu.

O Glorioso era o time do Júnior Santos. Agora, é o time do Luiz Henrique, do Igor Jesus, do Almada, do Gregore, do Barboza…

O Botafogo se reinventou, trouxe reforços, encorpou o elenco e tem tudo, agora, para fazer o melhor ano da sua história, com as conquistas do Brasileirão e da Libertadores na mesma temporada. Afinal, há coisas que só acontecem com o Botafogo, certo?

O Fogão é um time pra lá de equilibrado. Ótimo goleiro, defesa segura, meio de campo que combate e cria e um ataque veloz e habilidoso. O sonho de todo treinador. E da torcida.

E O GALO?

O Atlético-MG foi menos espetacular e mais pragmático do que o Botafogo até aqui. Mas foi eficiente. Muito eficiente. Jogando com o regulamento em várias situações, sempre soube o que fazer para alcançar o seu objetivo.

O Galo é o time de HulkPaulinho Scarpa. Mas o trio virou quarteto com a irreverência — e os gols — de Deyverson, o “Menino Maluquinho” do futebol brasileiro.

Deyverson definiu as quartas de final contra o Fluminense e definiu também a semifinal contra o poderoso River Plate. Vale lembrar que o mesmo Deyverson já decidiu uma Libertadores! Foi em 2021, pelo Palmeiras, com gol em cima do Flamengo.

O centroavante é quem “quebra” a rigidez do jogo tático do técnico Gabriel Milito. Com seus improvisos, com sua técnica e, claro, também com sua irreverência que se confunde com irresponsabilidade e provocação aos adversários.

RESUMO DA ÓPERA

A final da Libertadores entre Botafogo x Atlético-MG tem tudo para ser uma das mais equilibradas dos últimos anos. Os dois times são intensos. O Botafogo tem Luiz Henrique e Igor Jesus como principais nomes para decidir os jogos, o Galo responde com Hulk, Paulinho e Deyverson.

Pelo trabalho da temporada inteira, o Botafogo leva pequeno favoritismo. Pelos nomes individuais, dá Galo. E vc, o que acha?

FINAL 100% BRASILEIRA? NÃO É BEM ASSIM…

A final da Libertadores é entre dois times brasileiros. Mas é uma final 100% brasileira? Nem tanto… Em mais um capítulo da crise de técnicos no futebol brasileiro, os dois treinadores dos times finalistas são estrangeiros.

O português Artur Jorge já botou seu nome na história do Botafogo. Claro, precisa confirmar isso vencendo pelo menos um dos títulos que disputa: Brasileirão ou Libertadores.  Mas ele já é mais um treinador português a se destacar no futebol brasileiro, como fizeram Jorge Jesus e Abel Ferreira.

No Atlético-MG, o argentino Gabriel Milito é o treinador. Menos espetacular. Chegou a “balançar” num momento da temporada, ouviu críticas mesmo com a equipe avançando nas Copas, mas segurou a onda e está agora em duas finais que podem coroar uma temporada histórica para o Galo: decide a Libertadores contra o Botafogo e a Copa do Brasil contra o Flamengo.

Onde estão os treinadores brasileiros? Qual é o grande trabalho de um treinador brasileiro na atual temporada? É urgente a necessidade de renovação dos nomes e de evolução dos treinadores que já estão no mercado.


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