‘Quando a cannabis entrou nas nossas vidas, minha filha começou a sorrir’: as histórias de melhoras com o uso medicinal da planta
O Globo Repórter desta sexta-feira (3) falou sobre os medicamentos à base de cannabis, o nome científico da maconha.
O Globo Repórter desta sexta-feira (3) falou sobre os medicamentos à base de cannabis, o nome científico da maconha. O programa mostrou histórias de pacientes e familiares, que relatam melhoras surpreendentes no tratamento de doenças com o uso medicinal da planta.
Flávia lembra das muitas crises que presenciou com o filho Brenno.
“Ele me agredia fisicamente, era muito agredida. Isso me machucava e machucava ele também. Naquele momento, ele não tinha controle da própria emoção, não sabia o que estava fazendo”, conta a pedagoga, Flávia da Conceição Gregório.
Brenno, de 18 anos, tem transtorno do espectro autista. Além do tratamento com medicamentos à base de cannabis, o estudante ainda é acompanhado por um psiquiatra e toma remédios convencionais.
“Eu posso dizer para você sem medo de errar, ele está 90% melhor do que ele era […] Eu comecei a dar mais autonomia. Ele vai para a escola sozinho, vai para a academia sozinho. Acho que as pessoas precisam de conhecimento. As pessoas às vezes têm muito medo do novo”, conta a mãe do jovem.
Os pais do Nicolas contam que a primeira crise do filho foi aos três meses de vida. A partir daí, eles descobriram que o menino tinha microcefalia, paralisia cerebral e epilepsia. “Ele tinha umas 60 crises por dia”, conta a mãe de Nicolas, Camila Figueredo.
“Meu filho vegetava, ele estava em estado de coma literalmente porque ele não comia, ele não se movimentava”, relembra Gabriel Alcides, o pai de Nicolas.
Os pais contam que tiveram dificuldade, no início, para ter acesso à cannabis. “Muita dificuldade de acesso, a médica não prescrevia, ninguém conhecia”. O pai procurou um outro pediatra e aí sim conseguiu saber a dose certa para o Nicolas.