Presos traficantes de condomínio em Jardim Camburi que ameaçavam moradores
Segundo as investigações da Polícia Civil, os integrantes usavam a violência para amedrontar moradores e prestadores de serviços do condomínio Atlântica Ville
Segundo as investigações, Matheus da Silva Coutinho, de 29 anos; Agnaldo Cruz dos Santos, 44 anos; Willen Damasio Pereira, 18 anos e Arthur Martin Santos Rangel, de 18 anos, usavam a violência para amedrontar moradores.
Além disso, foi identificado que os acusados também destruíram câmeras de segurança e proibiram a realização de serviços públicos no local.
O primeiro alvo foi Matheus, com uma prisão realizada no mês de setembro de 2024. Em seguida, Willen e Arthur foram presos na sexta-feira (18) e Agnaldo foi preso em Guarapari.
O delegado do 5º Distrito Policial de Vitória, Fabiano Rosa, explica que a investigação acontece desde 2022. Já no início de 2024, foi instaurado um inquérito para apurar os fatos, sendo identificado um grupo criminoso no condomínio.
“Conseguimos identificar um grupo criminoso ali que traficava e ameaçava os moradores. A partir disso, pedimos mandados de busca e apreensão e o juiz da 4ª vara criminal expediu esses mandados”, descreve o delegado Rosa.
Ainda conforme o delegado, os mandados foram cumpridos no dia 21 de julho de 2024. Durante as ações, foram apreendidas motocicletas, R$ 9 mil em espécie e o aparelho de celular com mensagens que ligavam um suspeito ao tráfico do Complexo da Penha.
Durante a coletiva, realizada nesta quinta-feira (24), o delegado também detalhou cada função dos acusados:
-Matheus da Silva Coutinho: seria o chefe do grupo. Ele possuía diversas passagens pela polícia e sobreviveu a uma tentativa de homicídio quando foram disparados mais de 12 tiros em um ataque;
– Willen Damasio Pereira e Arthur Martin Santos: tinha a função de vender as drogas e armazenar o dinheiro;
– Agnaldo Cruz dos Santos: possuía uma banca de frutas no condomínio e usava para guardar o dinheiro do tráfico.
Indivíduos eram considerados agressivos
O delegado contou que os criminosos eram considerados agressivos pelos moradores do condomínio. No mesmo dia da operação, o grupo espancou por quase 10 minutos um morador do condomínio e depois o expulsou.
“Isso por achar que esse morador seria informante da polícia, agrediu um usuário de droga, porque esse rapaz devia 120 reais por ter adquirido a cocaína e não quitou a dívida”, explica o delegado Rosa.
Além disso, no dia seguinte, os integrantes da quadrilha localizaram e agrediram a mãe do morador. “Eles conduziram essa senhora, uma idosa, até a residência, deram tapa na cara dessa senhora e subtraíram a televisão.”
Os acusados vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, roubo, extorsão e lavagem de dinheiro. “Somando as penas temos 55 anos de prisão”, finalizou o delegado.