Preso do ES recebeu fila de mulheres para visita íntima? Entenda
Condenado a 25 anos por um latrocínio em Marataízes, Ademirço Alves Emidio Junior está preso no sistema prisional do Rio de Janeiro
Após a prisão de Ademirço Alves Emidio Junior, 31 anos, conhecido como “Juninho”, apontado como criminoso mais procurado de Marataízes, Litoral Sul do Espírito Santo, começou a circular nas redes sociais uma suposta notícia de que haveria uma fila de mulheres aguardando para fazer visita íntima ao detento.
Ademirço foi preso em Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, e segue detido no sistema prisional fluminense desde a última sexta-feira (8), onde passou por audiência de custódia no dia seguinte.
Afinal, existe ou não essa fila de mulheres à espera para fazer visita íntima a Ademirço? O Folha Vitória entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro, que informou que não há no momento registro de pessoas habilitadas para visitá-lo, seja para visita social ou íntima.
Ainda de acordo com a Seap, a realização de visita íntima no sistema prisional no Rio de Janeiro depende de diversos fatores, dentre eles, o visitante deve estar previamente cadastrado e autorizado para o ato.
“Para a realização de visita íntima no sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro, é necessário que o visitante esteja previamente cadastrado e autorizado, conforme critérios estabelecidos pela legislação e pelas normas internas, mediante apresentação de documentação e comprovação de vínculo afetivo com o custodiado”, informou a secretaria, por nota.
A Seap também não confirmou a presença de mulheres na porta do presídio ou movimentações para que as visitas sejam liberadas ao detento.
O que diz a Sejus
No Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) esclareceu que as visitas às unidades prisionais do Estado são permitidas somente para pessoas devidamente cadastradas junto ao Centro de Cadastramento de Visitantes (Cecavi).
Para realizar o cadastro é necessário atender a alguns requisitos e enviar a documentação solicitada, conforme detalhado no site da Sejus, no Cecavi.
Além disso, o benefício da visita não é estendido a qualquer pessoa que queira ver um detento, sendo reservado a cônjuges ou pessoas que comprovem uma relação estável com o apenado.
“Em caso de rompimento da relação, o interno deverá aguardar um período de um ano para realização de novo cadastro. A Sejus esclarece que essa visitação é destinada exclusivamente a presos já sentenciados, de bom comportamento, e que internos em regime provisório não têm direito ao benefício”, informou a Sejus.
Prisão do suspeito
O acusado foi preso na quarta-feira (6). A prisão ocorreu após a Delegacia de Marataízes receber informações sobre onde o criminoso se escondia. Policiais civis capixabas e do Rio de Janeiro realizaram levantamentos em diversas cidades e identificaram o prédio onde Ademirço estava morando.
Contra o criminoso havia um mandado de prisão em aberto após condenação de 25 anos pelo latrocínio de um homem identificado como Thaylan Fernandes da Costa, em 19 de maio de 2020, no bairro Pontal, em Marataízes.