PF faz buscas em endereços de Carla Zambelli e prende hacker da “Vaza Jato”

Compartilhe

São investigados invasões ao sistema do CNJ, em que foram inseridos falsos alvarás de soltura e um mandado de prisão em desfavor de Alexandre de Moraes

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (02), mandados de busca e apreensão em endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ação, que também cumpriu um mandado de prisão, faz parte das investigações contra a operação chamada de “Vaza Jato”.

A ação busca esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em que foram inseridos alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Durante a ação, os policiais federais prenderam Walter Delgatti Neto. Ele é acusado de invadir celulares do ex-juiz Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato, e denunciado na Operação Spoofing.

Ao todo, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em São Paulo e no Distrito Federal.

Em uma rede social, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou que a ação é realizada em defesa da Constituição e no contexto dos ataques às instituições democráticas.

Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições”, escreveu.

PF investiga invasões aos sistemas da Justiça Federal

As ações realizadas nesta quarta-feira fazem parte do inquérito policial que apura a invasão ao sistema do CNJ. O caso tramitou inicialmente a Justiça Federal, mas foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o surgimento de indícios de possível envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro.

Os crimes apurados ocorreram entre 4 e 6 de janeiro de 2023. Na ocasião, foram inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de presos, além de um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Criminosos teriam utilizado credenciais falsas obtidas de forma ilícita. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.


Compartilhe