Perfil CHOQUEI perde mais de 1 milhão de seguidores e suspende publicações após polêmica
Alvo de revolta nas redes sociais desde sexta-feira (22), a página de fofocas Choquei, administrada pelo influenciador Raphael Sousa, deixou de atualizar seu conteúdo depois da polêmica envolvendo a morte de Jéssica Vitória Canedo. A jovem de 22 anos faleceu dias após uma publicação que a apontava falsamente como caso do humorista Whindersson Nunes. O caso também fez o perfil perder mais de 1 milhão de seguidores em 3 dias.
A última postagem da Choquei foi uma “Nota de Esclarecimento”, na qual negou “qualquer irregularidade na divulgação das informações” e afirmou que “não há responsabilidade a ser imputada pelos atos praticados”.
“Queremos ressaltar que todas as publicações foram feitas com base em dados disponíveis no momento e em estrito cumprimento das atividades habituais decorrentes do exercício do direito à informação”, acrescentou.
Após a repercussão da informação falsa, reproduzida também por outros perfis de fofoca, Jéssica publicou uma mensagem em sua conta no Instagram, revelando que estava sofrendo ataques de ódio. A jovem e a mãe pediram explicitamente a exclusão dos posts contendo os prints falsos.
Raphael Sousa, responsável pelo perfil, chegou a fazer uma piada sobre redação do Enem, em resposta à publicação de Jéssica, e depois apagou.
Aliados de Lula, como mostramos, usaram o caso para defender a regulação das plataformas digitais.
Reportagem da Revista Piauí publicada em novembro de 2022 mostra que a página de fofoca foi incorporada à milícia digital petista. A revista menciona uma série de dados para destacar a relevância do perfil na eleição do ano passado.
O partido de Lula defende que o projeto de lei das Fake News seja uma das prioridades do Legislativo para o ano de 2024. A votação da proposta foi adiada diversas vezes neste ano.
Relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB), o projeto estabelece que as big techs sejam responsabilizadas civilmente por publicações indevidas de seus usuários. O texto também diz que quando houver patrocínio de desinformação, ou seja, quando um usuário paga a plataforma para que o conteúdo seja entregue a mais pessoas, a empresa será corresponsável pela publicação.