Operação mira facção que movimentou R$ 70 milhões com golpes como falso sequestro
Segundo a Polícia Civil, a organização batizada de “Povo de Israel” estaria envolvida com crimes de tráfico de drogas e extorsão praticada por meio de falsos sequestros
As ações (diligências) aconteceram em Copacabana e Irajá, São Gonçalo, Maricá, Rio das Ostras, Búzios e São João da Barra, além do Espírito Santo.
Segundo a Polícia Civil, a apuração identificou um complexo esquema de lavagem de capitais por meio de laranjas e empresas fantasmas que vêm abastecendo a organização criminosa autodenominada “Povo de Israel”.
Surgida em 2004, após dissidência de marginais em uma rebelião, a facção conta hoje com cerca de 18 mil presos e já ocupa 13 unidades prisionais, chamadas de “aldeias”.
Os agentes descrevem que o grupo movimentou cerca de R$ 70 milhões ao longo de dois anos a partir de recursos obtidos com os crimes de tráfico de drogas e extorsão praticada por meio de falsos sequestros.
Nesta primeira fase são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas correntes e respectivos ativos financeiros de 84 investigados, bem como o afastamento da função pública de cinco policiais penais.
A investigação, conforme a DAS, é de grande importância por mirar no poderio econômico dos criminosos, que segundo constatado, já pretendem conquistar território fora das penitenciárias.