“Não estamos vendendo sonhos de riqueza”, diz futuro investidor da SAF do Rio Branco-ES

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À espera da mudança do seu estatuto, na última semana o Rio Branco-ES assinou um contrato vinculante para a venda de 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) para a T2R Sports. Futura dona do futebol do Capa-Preta, a empresa tem como sócio-fundador Renato Antunes. O empresário, que é um dos fundadores das startups Zaitt e Shipp e filho de um torcedor do Rio Branco, se encaminha para sua primeira aquisição no meio esportivo.

O representante da T2R Sports Ltda, grupo que será acionista majoritário da SAF Capa-Preta, vai aportar R$ 50 milhões em 10 anos, que vigora entre 2023 e 2033. Em outras palavras, o investimento corresponde a 30 anos de receitas geradas pelo clube.

Renato Antunes afirma que o controle das dívidas atuais e a tradição do clube foram determinantes no desfecho feliz do negócio.

– O Rio Branco, um clube muito tradicional, centenário, completa 110 anos este ano. Tem a maior torcida do estado, o maior vencedor estadual, 37 vezes. Isso é algo que chama a atenção de imediato. Em seguida, quando você conversa com o presidente Pacheco, você entende a qualidade das pessoas envolvidas, a seriedade do trabalho e o compromisso com o clube. Ainda tem um clube sanado, com dívidas controladas, trabalho excepcional dos últimos um ano e meio – declarou o empresário

Objetivo do Brancão SAF

Renato vê uma oportunidade em meio a um estado que nunca deixou o Campeonato Brasileiro Série D, fundada em 2009. O Alvinegro disputou a Quarta Divisão em quatro oportunidades. Ele acredita que o número recorde como representante do Espírito Santo contribuirá para levar o Rio Branco ao top-40 clubes do Ranking da CBF até 2030. Atualmente, o Brancão ocupa a 130ª colocação nacional.

– Nossa meta até 2030 é estar entre os 40 primeiros clubes do Ranking da CBF. Isso mostra que estaremos jogando consistentemente a Série B do Campeonato Brasileiro, que é o grande objetivo desse projeto. Naturalmente, quando chegarmos, o próximo movimento será a Série A. Mas o projeto foi construído com muito pé no chão e transparência. Não estamos vendendo sonhos de riqueza de alcançar no curto prazo. É importante entender que é um projeto de reconstrução, que vai levar tempo, mas que temos todos os instrumentos para chegar a esse objetivo.

Diretoria Administrativa da SAF

Para se resguardar dos riscos operacionais, o Rio Branco está atento à formação da Diretoria Administrativa da SAF. A princípio, o novo investidor vai dar aos atuais membros e funcionários do clube uma espécie de direito de preferência. Aos poucos, parceiros entrarão com uma visão mais uniforme sobre o futebol capixaba.

– Temos várias pessoas em nosso entorno que são do ambiente do futebol. Estão nos ajudando a construir. Mas, neste primeiro momento queremos dar oportunidade para quem está lá no Rio Branco, para mostrar o seu trabalho. Para a gente construir isso em conjunto. É importante, estamos em fase de transição. O presidente Pacheco ainda é o gestor do Rio Branco. Em primeiro momento é trazer essa oportunidade e, assim que acabar a Copa ES, e conseguirmos fazer essa transição, teremos essas definições – declarou Renato Antunes.

Montagem do Futebol

Na ocasião, Renato Antunes e Paulo Pacheco tiveram tempo para falar sobre o projeto do futebol alvinegro. No entanto, ainda não havia detalhes sobre a proposta do Capa-Preta para montagem do elenco. O time analisa ações internamente e pretendentes para o elenco estão esfriados nos bastidores por hora.

– Primeiro lugar, o que estamos fazendo é oportunizar a todas as pessoas que estão no Rio Branco. Então temos uma estrutura administrativa que, falando de diretorias operacionais e marketing, já está formada. O desafio não é só futebol, temos toda uma estrutura por trás para gerir o clube, que vai muito além de futebol. Então a nossa primeira ideia, é oportunizar os diretores e o treinador que já estão.


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