Mutirão oftalmológico usa IA para diagnóstico em pacientes com diabetes

Acontece neste sábado, (30), a 5ª edição da “Ação pelo Diabetes” no ambulatório de Oftalmologia do Hucam/Ufes.

No local, mais de 50 voluntários, entre médicos, servidores e estudantes de cursos de medicina de várias instituições da Grande vitória, têm a expectativa de atender 300 pacientes com diabetes do SUS previamente selecionados e agendados para participar da ação.

A ação é realizada pelo Núcleo Avançado de Retina e Pesquisa em Oftalmologia (Narpo) da Universidade. O objetivo é a prevenção ou até mesmo diagnóstico da retinopatia diabética.

A complicação, decorrente do diabetes, afeta os olhos, lesionando os vasos sanguíneos que ficam na retina – camada de células que reveste a parte posterior dos olhos, responsável por identificar a luz e também transmitir informações ao cérebro, permitindo a visão.

Os atendimentos estão marcados para começar às 7 horas com previsão de encerramento para 12h.

Para os exames será usado um dispositivo chamado Eyer – um retinógrafo portátil que faz exame de fundo de olho e analisa as imagens com uso de inteligência artificial.

O evento, uma iniciativa do professor universitário e médico Oftalmologista, Thiago Cabral, começou em 2020, durante a pandemia desencadeada pela covid-19 e acontece, desde então, sempre no mês de novembro.

Números no Espírito Santo

De acordo com estimativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o percentual de adultos acima de 18 anos portadores da doença no estado é de 9,6%.

Os dados são da pesquisa Vigitel, realizada no ano passado. Em números, isso corresponde a 368.036 pessoas, sendo mais de 90% (331.232 pessoas) delas portadoras do diabetes tipo 2, e os outros 10% (36.804 pessoas) do tipo 1.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 40% dos pacientes diabéticos apresentam algum tipo de problema oftalmológico.

Retinopatia diabética apresenta sintomas?

De modo geral, especialistas explicam que a retinopatia diabética, em estágios iniciais, é assintomática. É exatamente por esse motivo que é recomendado o controle e acompanhamento de rotina com um oftalmologista.

A medida em que a doença vai avançando, alguns sinais podem surgir. Entre eles:

* Visão embaçada;

* Flashes de luz no campo de visão ou manchas flutuantes (escuras);

* Visão noturna prejudicada (decorrente das “manchas escuras flutuantes”);

* Perda progressiva da visão periférica;

* Perda de visão repentina, grave e indolor.

SERVIÇO:

5ª edição da “Ação pelo Diabetes”
Local: Ambulatório de Oftalmologia do Hucam/Ufes – Maruípe, Vitória.
Horário: 7h às 12h (apenas para os pacientes previamente agendados)