Motoboys depredam casa de cliente após pedido ser cancelado em Vila Velha

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A motivação, segundo os envolvidos, seria o não pagamento do pedido. A cliente, no entanto, afirma que pagou antecipadamente pela plataforma

Uma discussão por causa de um pedido de açaí de R$ 19,18 terminou em vandalismo, ameaças e prejuízos para uma moradora do bairro Ilha dos Ayres, em Vila VelhaMotoboys quebraram o portão da casa da cliente, danificaram padrões de energia e atingiram até um carro que estava estacionado próximo ao imóvel.

A motivação, segundo os envolvidos, seria o não pagamento do pedido. A cliente, no entanto, afirma que pagou antecipadamente pela plataforma, mas o produto chegou errado. Como não conseguiu resolver a situação com a loja, acionou o aplicativo, que estornou o valor.

Após isso, ela passou a ser chamada de “caloteira” em mensagens enviadas pelo perfil do próprio estabelecimento. Prints da conversa mostram xingamentos e ameaças de acionar a polícia contra a mulher.

Horas depois, um motoboy retornou ao local e começou a gritar em frente à residência. Segundo a vítima, ele chamou colegas de profissão, cerca de quatro em motos e um de bicicleta.

O grupo cometeu os atos de vandalismo. Imagens de câmeras de segurança mostram os homens quebrando o padrão de energia, o portão da casa e danificando o carro de um terceiro.

Cliente chamou a polícia

Durante a abordagem, um dos motoboys gravou a cena e afirmou que “se ela não pagar, vai dar ruim”. A mulher, que estava em casa com a filha de três anos chamou a polícia e não saiu do imóvel, por orientação dos agentes.

Ainda de madrugada, o grupo retornou e promoveu a depredação.

“Eles quebraram tudo aqui. Fiquei morrendo de medo”, relatou a vítima, que preferiu não ser identificada.

A loja de açaí envolvida afirmou, por meio de nota, que tentou resolver a situação assim que recebeu a reclamação, mas a cliente já havia acionado a plataforma. O estabelecimento repudiou os atos de violência e responsabilizou os motoboys, que seriam terceirizados. A empresa preferiu não ter o nome divulgado.

A reportagem tentou contato com a prestadora de serviço para a qual, segundo a loja, os entregadores trabalham, mas as ligações não foram atendidas.

A vítima afirma que não agiu de má-fé e lamenta a situação. “Mesmo que eu estivesse errada, isso não dá o direito a ninguém de agir com violência”.

Polícia Civil informou que a vítima registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Vila Velha, pelo crime de dano.

O procedimento será encaminhado ao 6º Distrito Policial do município, onde a vítima poderá realizar a representação criminal contra os envolvidos, no prazo legal de até seis meses.


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