Espírito Santo tem 9ª população mais alfabetizada do Brasil
O Espírito Santo registrou em 2022 a 9ª população mais alfabetizada do Brasil, formada por pessoas com 15 anos de idade ou mais. Com uma taxa de 94,4% de alfabetização em 2022, o Estado apresentou um aumento de 2,5 pontos percentuais (p.p) em relação ao ano de 2010, quando a taxa de alfabetização era de 91,9%.
A taxa de analfabetismo do Espírito Santo ficou 5,6% menor que média nacional de 7%.
Os dados estão disponíveis no estudo IJSN no Censo – Alfabetização elaborado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) com base na divulgação do Censo 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em números absolutos, no ano de 2022 havia no Espírito Santo 2.918.368 de pessoas de 15 anos de idade ou mais alfabetizadas e 173.848 analfabetos. No Brasil eram 151,5 milhões alfabetizadas e 11,4 milhões analfabetos.
Segundo o diretor de integração do Instituto Jones, Antonio Rocha, o resultado mostra um avanço tanto no cenário capixaba quanto no contexto nacional: “Nós observamos que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu tanto no Espírito Santo, que saiu de 8,1% em 2010 para 5,6% no ano de 2022, quanto em nível nacional, que reduziu de 9,6% em 2010, para 7% em 2022.”
O estudo ainda apresenta o ranking dos cinco municípios capixabas mais alfabetizados e dos cinco menos alfabetizados.
Vitória (97,7%), Vila Velha (97,4%), Serra (96,1%), Guarapari (95,8%) e Cachoeiro de Itapemirim (95,7%), são os cinco municípios que registraram as maiores taxas de alfabetização. Mucurici (15,0%), Água Doce do Norte (14,7%), Brejetuba (14,4%), Ecoporanga (14,2%) e Mantenópolis (13,9%) foram os municípios que registram as menores taxas de alfabetização.
O gerente de regime de colaboração da Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu), Saulo Andreon, destacou algumas ações realizadas no combate ao analfabetismo: “O Espírito Santo tem demonstrado que está na direção certa, reduzindo o analfabetismo e garantindo a alfabetização da população, mas é preciso olhar para o número de analfabetos, e para tentar alcança-los, temos aí a Educação de Jovens e Adultos (EJA), tanto nos municípios, quanto na redes estadual e há também o Pacto de Colaboração de Aprendizagem, que junto com os municípios tem atuado na alfabetização na idade certa, aumentando a chance dessa criança progredir”.
Ainda segundo o IJSN no Censo – Alfabetização, em 2022, o analfabetismo no Espírito Santo entre os homens era de 5,52% (82.313) e entre as mulheres de 5,72% (91.535).
No recorte por faixa etária, o estudo apresenta que a taxa de analfabetismo foi maior no grupo de 80 anos ou mais, sendo mulheres 31,34% e homens 26,26%, e menor no grupo de 20 a 24 anos, sendo mulheres 0,77% e homens 1,38%.
A gerente da EJA da Sedu, Mariane Berger, destacou a importância do projeto EJA: “A expansão da Educação de Jovens e Adultos é um projeto prioritário dessa gestão desde o ano de 2019 quando foi criada a Gerência de Educação de Jovens e Adultos. Nesse sentido, mesmo com a queda das matrículas inclusive nacionalmente, a SEDU tem feito um esforço de ampliar a oferta e diversifica-la de modo a atender a todos. Temos turmas de alfabetização em nossas escolas que ofertam a EJA noturna e também nos Ceejas (diurno e noturno) e nos Neejas (no noturno). Temos feito um estudo a partir dos dados do Censo 2022, identificando os municípios capixabas com pessoas ainda não alfabetizadas para intensificar a oferta. Já estamos com propostas de atendimento in loco nas comunidades que ainda não ofertam a EJA. Esse atendimento in loco é vinculado aos Ceejas e Neejas e vai até onde os jovens e adultos estão. Essa ação se iniciou em 2023 e será intensificada este ano e nos próximos. Entendemos assim que podemos atender melhor as pessoas com uma forma mais flexível de atendimento, inclusive com materiais preparados especificamente para essas comunidades. Também planejamos a criação de um novo Ceeja no município de Guaçuí e de outros novos Neejas. Até 2026 pretendemos ofertar a EJA em todos os municípios capixabas seja na forma presencial ou não presencial”.