Dona de brechó gritou por socorro antes de ser estrangulada na Serra

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Ana Maria tinha 75 anos e foi morta por estrangulamento com uma bermuda. Os suspeitos roubaram um celular, R$ 30 e seis peças de roupa

A comerciante Ana Maria Pimentel Franco Alves, de 75 anos, que era dona de um brechó no bairro Carapina Grande, na Serra, estrangulada por dois homens com uma bermuda no dia 16 de outubro deste ano, foi morta quando tentou gritar por socorro durante o assalto ao estabelecimento.
Os suspeitos do crime já estão presos e, segundo a polícia, eles agiram porque viram a vítima sozinha na loja. Roubaram o celular de Ana Maria, além de R$ 30 e seis peças de roupas. Os detalhes do latrocínio foram passados pela Polícia Civil nesta quinta-feira (31).
Segundo a polícia, antes de renderem Ana Maria, os dois homens tentaram furtar uma loja de calçados que fica ao lado do brechó ao avistarem apenas duas mulheres dentro do estabelecimento comercial. No entanto, eles desistiram porque deram de cara com um homem no local.
Idosa foi estrangulada com bermuda

O titular da Delegacia de Segurança Patrimonial (DSP), delegado Gianno Trindade, explicou que os dois suspeitos do latrocínio entraram no brechó e, ao anunciarem o assalto, a comerciante tentou gritar por socorro.

“Eles entraram no brechó para roubarem peças de roupas e dinheiro. No momento que a idosa tentou gritar por socorro, um dos dois pega a mulher pelo pescoço, a leva para os fundos da loja, e ceifa a vida dela por estrangulamento, com uma peça de roupa”, explicou o delegado.

Após o crime, o marido de Ana Maria entrou no estabelecimento e encontrou o corpo da esposa com a bermuda enrolada no pescoço.

Suspeito foi baleado e deu nome do irmão

Os acusados do crime foram presos pela polícia e pela Guarda Municipal da Serra, mas por outras ocorrências policiais.

Três dias após o assassinato de Ana Maria, no dia 19 de outubro, um deles foi alvo de uma tentativa de homicídio na Serra.

Um policial civil foi até o Hospital Estadual Jayme dos Santos Neves ao ser acionado porque um homem havia dado entrada com tiro na nuca.

Em conversa com a então vítima do atentado, o investigador viu que se tratava da mesma pessoa que aparecia nas imagens de videomonitoramento da loja de calçados invadida em Carapina Grande.

Ao ser questionado pela Polícia Civil sobre as imagens do assassinato no brechó, o homem confessou o crime, ainda no hospital.

Ele se identificou como Marcelo, mas durante as investigações a polícia constatou que havia dado o nome do irmão, que mora em Minas Gerais e que não tem passagens criminais.

Posteriormente, os investigadores descobriram o nome correto do suspeito e identificaram que ele já respondeu por estupro, cárcere privado, roubo e furto.

Dupla se conheceu em centro de reabilitação

Em depoimento na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, o suspeito informou que teria conhecido o outro envolvido no assassinato um dia antes do crime, em um centro de reabilitação de dependentes químicos do município. Os nomes deles não foram divulgados.

A polícia foi ao local e, com a identificação do outro suspeito, descobriu que o comparsa havia sido preso pela Guarda da Serra um dia após o assassinato da dona do brechó, no dia 17 de outubro. A acusação: ter roubado o celular de uma idosa. Foi este homem quem matou a comerciante por estrangulamento.


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