Dicas para ser um socorrista em Saúde Mental no trabalho

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Todos os dias em distintos contextos somos tomados por uma infinidade de ocorrências que podem nos levar a uma situação de vivência de crise, e diante destas necessitamos muitas vezes da ajuda de outras pessoas, alguém que nos
preste auxílio em formato de socorro ou ainda podemos ser nós o indivíduo que precisará socorrer um colega de trabalho por exemplo. Quando se fala em primeiros socorros em saúde mental principalmente no ambiente de trabalho é necessário compreender que o desígnio é solicitar o amparo inicial à um indivíduo em circunstância de dificuldade emocional. A pessoa que presta essa ajuda socorrista não substitui os cuidados especializados de um profissional em saúde mental, pois a amplitude e constância dos sintomas e angústias relacionados a conjunturas de dificuldade são capazes de variações, desde tênue e temporários a mais rígidos, demorados e incapacitantes, nos quais o indivíduo precisa de auxílio profissional. Ao se dispor a realizar os Primeiros Socorros em Saúde mental no trabalho ou em outro ambiente, você pode acudir um colega em partilhar as próprias emoções e encarar uma ocorrência desafiadora de modo mais protegida e auxiliada, além de solicitar o alívio. Porém é necessário ter ciência que seguridade, inclusão, respeito e saber analisar sob a ótica do outro a situação são fundamentais para ampararmos um sujeito em ocasião de crise ou angústia.

Para compreensão do socorro em saúde mental vamos adotar e memorizar a palavra “RISCO” e dessa forma promover suas ações de primeiros socorros no ambiente do trabalho e em tantos outros. Todas as condutas que visam auxiliar uma pessoa em crise formam a palavra “Risco” que tem como significado:

Reconhecer

Incentivar a falar

Sozinho não dá

Cuidar

Obter auxílio profissional

1- Reconhecer sentimentos

No ambiente de trabalho as emoções, sentimentos, sintomas e precisões são capazes de serem demonstrados de muitas maneiras distintas, ou seja, através da fala, do modo de se comportar ou mesmo pela via de postagens nas redes sociais. Em diversos casos, eles se apresentam em formato de desabafo, fúria, decepção ou mesmo afastamento. Conjunturas de crise, como pandemia, traumas e acidentes podem provocar anseios negativos e distintos sinais como pranto, tristeza, inquietação, temor, insônia, azedume, fúria, agitamento e muitos
outros. Em alguns casos pode-se observar na pessoa sintomas físicos como tremores, enxaqueca, fadiga intensa, falta de apetite e dores. Portanto nesse ponto o importante é estar atento a você e ao outro para auxiliar no
reconhecimento da presença desses sentimentos e comportamentos se interessando de forma genuína pelo indivíduo.

2- Incentive a pessoa a falar

Numa postura de auxílio ao outro é relevante respeitar o tempo de cada um, contudo, é importante incentivar (sem comprimir) a pessoa a falar a respeito da circunstância, precisões, inquietações ou distintos pontos que ela ansiar debater. Procure escutar atentamente, com respeito e empatia, sem ajuizamentos. Caso a pessoa fique calada, simplesmente respeite e evidencie a ela que você está ali e que ela quando almejar e se sentir confortável poderá falar sobre.

3- Sozinho não dá

Determinadas circunstâncias podem ser mais complexas de socorrer, devido a isso, é necessário que você associe outros indivíduos para te auxiliar. Busque saber da pessoa a qual você está prestando um socorro quais são as pessoas da confiança dela que podem apoiá-la, como: amigos, familiares, profissionais. Entrar em contato com essas pessoas é essencial! Contar com auxílio de distintas pessoas e profissionais é uma ação de responsabilidade, que viabiliza um melhor cuidado para a pessoa e para você próprio. Você pode estimular a pessoa a entender que as conexões de auxílio são formidáveis e que solicitações de ajuda necessitam ser simples e claras.

4- Cuidar

Listo aqui uma série de cuidados que podem ser extraordinários em situações profissionais nas quais nos dispomos a socorrer alguém:

•Com voz serena e baixa, conduza a pessoa a voltar a atenção para sua própria
respiração e evidencie seu desígnio de escutar e auxiliar;

•Olhe nos olhos da pessoa e exprima que sua atenção está direcionada para ela;

•Apoie a pessoa sem ajuizamentos, por meio do falar e através de sua conduta;

•Ampare a pessoa em detectar suas precisões e inquietações, prioridades e
possibilidades do momento;

•Auxilie-a pensar nas melhores possibilidades para lidar com a circunstância.
Evite atribuir o seu modo de resolução da conjuntura, elas podem não as
adequadas para o outro;

•Deixe evidente que assimila e respeita as necessidades da pessoa.

•Ajude no que for possível, para que a pessoa experimente sentimentos de apoio
e respeito;

5- Obter auxílio profissional

O seu amparo é essencial, contudo, existe ocasiões que solicitam auxílio especializado. Estimule o indivíduo a procurar subsídio de um profissional. Vale lembrar que, os primeiros socorros em saúde mental no trabalho podem ser essenciais para que o indivíduo se sinta amparado e procure atendimentos especializados. Mas, lembre-se que saber sobre suas necessidades e questões são pontos relevantes no procedimento de ajuda ao outro. Sendo assim, não se deixe de olhar para você também, até a próxima!

 

Laudiceia Veloso, Formanda em Psicologia (10/10), Arteterapeuta /AARTES nº 054, Master ESEPAS em Educação Emocional, Sexual com foco na Prevenção ao Abuso Sexual.

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