Déficit de 530 mil profissionais até 2025 alerta setor de TI

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De acordo com o panorama de talentos em tecnologia, uma pesquisa resultante de uma parceria entre o Google for Startups, a Abstartups (Associação Brasileira de Startups) e a Box 1824, mais de 85 milhões de vagas de emprego no mundo não serão preenchidas por falta de profissionais qualificados.

Nesse contexto, a demanda por novos talentos é projetada em cerca de 800 mil oportunidades, enquanto apenas 53 mil graduados são esperados anualmente. Como resultado, estima-se um déficit alarmante de 530 mil profissionais até 2025. Segundo o relatório, 92% das startups acreditam que há falta de profissionais de tecnologia no Brasil.

Outros dados, divulgados pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), indicam que a demanda atual por profissionais de TI é de 70 mil por ano, no entanto, apenas 46 mil alunos com habilidades tecnológicas são formados pelas universidades. Prevê-se que a demanda aumente para 420 mil profissionais anualmente nos próximos três anos, sendo desejável que possuam fluência em inglês.

Segundo a CLO e cofundadora do Lingopass, Suzana Lordelo, a falta de profissionais da área de tecnologia no Brasil é um problema complexo. Entre os principais motivos citados por Lordelo, destaca-se a falta de acompanhamento do sistema educacional em relação à velocidade de inovação e desenvolvimento tecnológico global, o que resulta em uma lacuna na formação desses profissionais. Neste sentido, diante dessa escassez, a língua inglesa se torna um requisito essencial para os profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI). Profissionais de Tecnologia da Informação precisam estar familiarizados com uma série de códigos e termos utilizados no mundo inteiro, que são cunhados no idioma inglês. Além disso, as principais certificações de Tecnologia da Informação, como da Microsoft, Vmware e todas as provas da CISCO, são aplicadas neste idioma.

Vários mercados, uma língua comum

“Devido à demanda global, o Brasil está competindo com outros países pela contratação de profissionais. Esses países oferecem salários mais altos e projetos mais inovadores devido às diferenças salariais e cambiais”, disse a CEO da companhia que oferece soluções de idiomas para empresas. Ela acredita que essa falta acaba resultando em uma perda de oportunidades econômicas no Brasil e atrasa o desenvolvimento do país “como uma nação verdadeiramente inovadora e tecnológica”.

Segundo um estudo conduzido pelo British Council, apenas 5% dos cidadãos brasileiros possuem habilidades na língua inglesa, e dentro dessa estatística, apenas 1% demonstra fluência plena no idioma. Brami ressalta que o inglês é essencial, sendo a língua franca do setor.

Além disso, uma pesquisa recente da catho, plataforma de empregos que conecta empresas e candidatos, revelou que profissionais com inglês fluente podem ganhar até 170% a mais na média salarial. Das vagas disponíveis dentro da plataforma, o domínio do idioma é pré-requisito em 8,7% delas.

“Além de impulsionar o conhecimento, já que quase todo o material, documentação e cursos são produzidos inicialmente em inglês, o setor de tecnologia é altamente globalizado – o que significa que empresas têm equipes espalhadas pelo mundo, especialmente com o avanço do trabalho remoto, e utilizam o inglês como língua comum”, salienta.


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