Criminoso finge ser funcionário de banco e aplica golpe acessando celular da vítima
Golpista invadiu o telefone de uma moradora de Vila Velha a partir de um link enviado num grupo de mensagem e passou a manipular sua conta bancária
Uma mulher em Vila Velha, que pediu para não ser identificada, perdeu R$ 2.100,00 num golpe em que um criminoso se fez passar por um funcionário do banco do qual ela tem uma conta.
Ele entrou em contato na última quarta-feira (8) por telefone, dizendo que ela tinha uma dívida na agência e que poderia ajudá-la a pagar, oferecendo uma proposta de portabilidade.
Para isso, ela teria que seguir as instruções e acessar links passados para seu celular, via aplicativo de mensagens.
“Eu me interessei, pois a oferta era boa. Eu tinha uma dívida de R$ 500 que cairia para R$ 300 pela proposta que ele me falou”, lembrou a vítima.
Assim que ela clicou no link repassado, ela teve o celular espelhado ao do golpista, que passou a ter acesso às informações bancárias. A mulher confiou nas orientações do suposto bancário e fez o pagamento.
“Ele depositou um valor na minha conta e estornou esse dinheiro. Depois, amortizou uma outra conta e transferiu para a conta dele, pelo que eu entendi. Depois disso, ele encerrou a conversa”, relatou.
No dia seguinte, ele voltou a ligar, pedindo mais dinheiro. Foi somente no sábado (11) que ela começou a desconfiar de que algo estava errado.
“Uma moça entrou em contato dizendo que era do setor de qualidade de atendimento e queria saber qual era a minha avaliação sobre um empréstimo que eu havia feito. Não entendi, pois não tinha feito empréstimo e, sim, portabilidade. Resolvi ir ao banco para esclarecer”, relatou, dizendo que descobriu que tudo era um grande golpe.
Segundo a Polícia Civil, somente nestes dois primeiros meses de 2023, mais de 5700 pessoas foram vítimas de golpes envolvendo transações bancárias. A mulher registrou boletim de ocorrência e o caso está sob investigação.
“Desconfiar acima de tudo. É uma regra simples, mas ela é muito eficaz. Nunca transfira dinheiro sem verificar se a pessoa que vai receber realmente é quem ela diz. É bom ligar antes, entrar em contato com ela, fazer uma vídeochamada”, recomenda o delegado Brenno Andrade, titular da Delegacia de Crimes Cibernéticos.
Além disso, bancos não entram em contato com clientes por telefone para que eles façam operação remota.