Com medo do povo, Lula manda recolocar grades “antidemocráticas” no Planalto
Durou pouco a iniciativa do presidente Lula de remover as grades de ferro que circundavam o Palácio do Planalto. Instaladas para evitar a aproximação indesejada de cidadãos durante seu primeiro mandato, as grades foram removidas em um gesto simbólico no dia 10 de maio, declarando que “a democracia voltou neste país”. Menos de um mês depois, as grades foram reinstaladas, inclusive restringindo o acesso à calçada do palácio.
Em sua declaração de maio, ao lado da primeira-dama, Lula alegou que na “democracia não exige muro”. Entretanto, essa visão foi contestada quando o governo de Dilma Rousseff, também do PT, instalou grades na Praça dos Três Poderes para conter manifestantes potenciais.
A intenção simbólica por trás da remoção das grades provou-se efêmera à luz da realidade da segurança do Palácio. Em resposta a tentativas de invasão anteriores, inclusive com uso de ônibus, um espelho d’água foi construído durante o governo Collor, projetado pelo próprio Oscar Niemeyer, para aumentar a segurança.
Em sua visita à Farm Show, na Bahia, Lula também usou grades para manter o povo e até alguns participantes distantes durante sua presença e breve discurso.