Alunos estudam há mais de um ano em contêineres usados como salas de aula improvisadas em escola de Linhares
Com a unidade escolar superlotada e problemas estruturais, a prefeitura improvisou contêineres para que os alunos assistam às aulas. Os pais pedem providências, mas ainda não há prazo para o fim do problema.
Apesar dos quadros, das mesas e cadeiras, há mais de um ano alunos da Escola Municipal Ensino Fundamental (EMEF) José Modeneze, no bairro Canivete, em Linhares, Norte do Espírito Santo, estão tendo aulas num espaço diferente, mas nada adequado. Com a unidade escolar superlotada e problemas estruturais, a prefeitura improvisou contêineres para que os alunos assistam às aulas. Diante dos problemas, os pais estão revoltados e pedem providências.
Em imagens gravadas pelos pais dos estudantes, é possível ver rachaduras na estrutura de concreto da escola, além de problemas na cobertura da unidade.
“A escola está muito lotada. A estrutura da escola está muito comprometida e eles colocaram uns contêineres para poder aderir à demanda”, disse a mãe de um estudante, Dirlene Bonfim.
A cuidadora de idoso Iraci Mandes disse que o principal problema dos contêineres é o calor que os estudantes precisam enfrentar todos os dias dentro da estrutura.
“Os estudantes, quando retornam para a sala de aula, reclamam demais que está calor. Eu acho que deveria ser uma coisa provisória e não continuar assim”, disse.
Sem previsão para sair dos contêineres
Em entrevista, a secretária de Educação de Linhares, Maria da Penha Valani Giuriato, justificou que a população da comunidade de Canivete cresceu de forma rápida e a utilização dos contêineres foi necessária para atender aos estudantes.
“Nós iremos construir oito salas de aula, cozinha, a quadra será toda reformada. O prédio será todo reformado. Será uma nova escola naquela comunidade”, disse.
Em nota, nesta quinta-feira (29), a prefeitura completou que iniciou o procedimento licitatório da reforma da escola, que pode durar até 90 dias.
“Após este prazo, a ordem de serviço será dada para o início das obras”, informou a gestão, que não disse quando os estudantes vão sair dos contêineres nem quando as obras devem ser finalizadas.
Enquanto isso, os estudantes seguem tendo aulas nessas unidades improvisadas.
A secretária de Educação disse ainda durante a entrevista que serão investidos R$ 12 milhões no projeto de reforma.
Ainda de acordo com a secretária, outra escola deve ser construída para atender ao aumento da população na região, mas a prefeitura não informou quando vai ser entregue e nem o valor do investimento.