A saúde do coração declina rapidamente depois da menopausa

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Na perimenopausa, 40% das mulheres apresentam maior risco de depressão.

O Colégio Americano de Cardiologia alertou que o risco cardiovascular feminino aumenta de forma significativa no climatério, ou seja, na passagem da fase reprodutiva para a não reprodutiva, que inclui a menopausa. É nesse período que as mulheres perdem a proteção do hormônio estrogênio, cuja produção entra em declínio. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo enfatizaram a importância de reconhecer precocemente sinais de doença cardíaca:

“As mulheres, especialmente as que estão na pós-menopausa, muitas vezes não são avisadas sobre os riscos que surgem nessa fase. Acabam não fazendo o rastreamento necessário”, afirmou Ella Ishaaya, especialista em medicina interna do Harbor-UCLA Medical Center, na Califórnia. Doenças cardíacas são a principal causa de morte para ambos os sexos.

O escore de cálcio coronariano é o exame que, através de uma tomografia computadorizada, detecta e quantifica calcificações presentes nas artérias coronárias, os vasos responsáveis pela irrigação sanguínea do coração e que, obstruídos, podem levar ao infarto agudo do miocárdio. Quanto maior a quantidade de cálcio, maior o risco.

Os pesquisadores analisaram os dados de 579 mulheres na pós-menopausa que tomavam estatinas para controlar o colesterol e haviam se submetido a dois escores de cálcio, num intervalo de um ano. Foi detectado que a calcificação se acelerara entre elas, se comparadas com os homens – o que só reforça os benefícios da terapia hormonal da menopausa, mais conhecida como reposição hormonal.

 

Como um assunto puxa o outro – e ambos estão relacionados às mudanças hormonais enfrentadas na meia-idade – estudo publicado na revista científica “Journal of Affective Disorders”, envolvendo nove mil mulheres do mundo, afirma que 40% das que estão na perimenopausa (período que antecede a menopausa e pode durar de cinco a dez anos) enfrentam um risco aumentado para um quadro de depressão.

A boa notícia é que a atividade física é a melhor garantia para a qualidade de vida de mulheres na meia-idade. Levantamento realizado com mais de dez mil australianas mostrou uma relação consistente entre o exercício regular e uma velhice saudável, mesmo quando as participantes passaram a se exercitar apenas depois dos 50 anos.


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