Excesso de telas também afeta saúde mental de adultos; veja sinais de alerta
Evidências sugerem aumento do risco de sintomas depressivos e ansiosos; estudo compara o uso das redes sociais aos prejuízos causados pelo tabaco e o álcool
O fato de passar horas consumindo conteúdos repetitivos, que não exigem muita atenção nem trazem aprendizados ou grandes desafios para o cérebro, pode até impactar o desenvolvimento cognitivo.
Isso porque o córtex pré-frontal, região responsável pelas funções cognitivas superiores — como controle de impulsos e regulação emocional, resolução de problemas, atenção e tomada de decisão — amadurece até por volta dos 25 anos, e para isso precisa de bons estímulos.
E quanto mais tempo no mundo digital, menor a dedicação a outras atividades, como praticar esportes, ter contato com a natureza, investir nos relacionamentos e no autocuidado.
“A pessoa acredita que está convivendo com outros, mas está num quarto sozinho e isso é deletério para o convívio social no geral, impacta os afetos, a capacidade de empatia, de lidar com situações do cotidiano”, diz Okuda.
O uso em excesso de telas também tem potencial viciante, pois, às vezes, elas são usadas como uma válvula de escape da vida real.
Pode até parecer prazeroso ficar desconectado da realidade, mas esse prazer instantâneo e ficar esperando a “próxima missão do jogo” provoca liberação de dopamina como um “mecanismo de recompensa”, o que pode fazer o cérebro ficar viciado nessa sensação.
Sintomas para ficar atento
Se a pessoa não consegue controlar a frequência e a intensidade desses usos, significa que algo não vai bem.