Casagrande e a relação com os eleitos para o Congresso Nacional e Assembleia Legislativa
Bancada Federal
Os parlamentares do Espírito Santo eleitos para o congresso nacional têm um padrão bem favorável ao governador Renato Casagrande. Na base do Casão temos dois consolidados senadores, em meio de mandato, Fabiano Contarato (PT) e Marcos do Val (PODEMOS). Já o senador Magno Malta (PL), eleito em 2022 para seu terceiro mandato no palanque da oposição, não esteve tão firme na frente contrária ao atual governo. Em mandatos anteriores, Malta esteve bem próximo de Casagrande e não deve ser diferente agora.
Na câmara federal os eleitos são a grande maioria da base do atual governo capixaba: Helder Salomão (PT), Gilson Daniel (PODEMOS), Da Vitória (PP), Dr. Vitor (PODEMOS), Jack Rocha (PT), Paulo Foleto (PSB) e Messias Donato (REPUBLICANOS). Somente o deputado Gilvan da Federal (PL) está consolidado na oposição, e Evair de Melo (PP) e Amaro Neto (REPUBLICANOS), considerados independentes, podem caminhar com a base em importantes pautas para o Espírito Santo.
Assembleia Legislativa
O governador Casagrande inicialmente terá que se articular muito mais com os deputados eleitos para uma gestão tranquila até 2026. O quadro atual da Assembleia Legislativa mostra cerca de doze deputados eleitos em partidos de oposição e com posturas oposicionistas ao governo estadual reeleito. Por outro lado, a base conta com dezoito deputados, sendo alguns de partidos de oposição ao bloco que elegeu o governador Renato Casagrande, mas caminham firmes para a garantia de governabilidade. Casagrande já disse, e terá que manter, que o governo manterá a porta aberta para todos os parlamentares.
A polarização na disputa local, os ataques públicos e o acirramento dos grupos nos faz prever uma disputa grande por espaços e protagonismo em temas relevantes neste primeiro momento. A governabilidade terá de ser construída com muita habilidade nesta nova gestão do Casão, visto que até alguns aliados, eleitos ou reeleitos, têm algumas insatisfações a serem resolvidas.
É preciso destacar que no cenário estadual a oposição estará menor, porém bem articulada tentará fazer discussões duras sobre temas importantes. É de se esperar obstruções em plenário e o governo tem que ser ágil e inteligente para conter ou diminuir as investidas, com a ajuda da maioria dos deputados governistas.
Diante disso, vale ressaltar que uma correlação de forças frente a algumas pautas e temas sensíveis poderão expor a fragilidade de uma assembleia legislativa rachada. Por outro lado, a uma base aliada terá muito trabalho para aprovações importantes para o novo governo. Nada fora do normal de um parlamento.
Enfim
Casagrande tem como grande característica a capacidade de diálogo e, como sempre, buscará fortalecer as políticas públicas visando manter o Espírito Santo como um dos estados mais transparentes e atrativos do país. Manter o estado equilibrado e estruturado economicamente, nota “A” no tesouro nacional e fortalecer a harmonia e o funcionamento das instituições é cenário ideal que tranquiliza os investidores.
Por fim
A reeleição consolida Renato Casagrande como um líder da política local e ainda o projeta, mais uma vez, para o cenário nacional. Atualmente, um dos mais importante político do PSB Nacional, Casagrande deverá ajudar muito o presidente Lula na construção de uma aliança para a união do país, claramente dividido ao meio política e ideologicamente.