Presidente da CPMI diz que Comissão é para investigar atos de 8 de janeiro, não joias
Arthur Maia (União-BA) diz ao blog que não acatará tentativas de atrelar apuração dos ataques golpistas ao novo escândalo que pressiona Bolsonaro: “Fórmula mais rápida de não chegar a lugar nenhum é tentar abraçar tudo”
Nem mesmo aos apelos ou sinais da base de Lula de que vai haver um forte esforço para levar o escândalo das joias de Jair Bolsonaro ao palanque da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro parece ter comovido o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, Arthur Maia (União-BA).
Procurado pela reportagem, Maia disse que deve ignorar todos os pedidos para incorporar à pauta da CPMI o caso das joias. “A comissão é para investigar os ataques do oito de janeiro, não joias. A CPMI tem um objetivo claro. Nada contra apurar as joias. Mas que coletem as assinaturas e abram uma nova CPI”, diz Maia.
O deputado avalia que “a fórmula mais rápida de se chegar a lugar nenhum é tentar abraçar tudo”.
Nesta semana, ele confirmou, a CPMI escuta um fotógrafo de agência internacional que acompanhou a invasão do Planalto e o hacker Walter Delgatti Neto, que diz ter sido pago por Carla Zambelli (PL-SP) para invadir sistemas do Judiciário. Ou seja: mais uma semana de desgaste para o bolsonarismo.