7 Mitos e verdades sobre tratamentos da queda capilar
Dr Ademir Jr. elenca mitos e verdades que devem ser levados em consideração por pacientes que precisarão passar pela jornada do tratamento contra queda de cabelos
O risco de perder definitivamente os cabelos é o tipo de possibilidade que povoa o imaginário de grande parte da população e gera muito medo. Quando a queda capilar surge, mesmo que o problema seja eventual, a aflição pode levar as pessoas a fazer escolhas que, ao invés de resolver, podem maquiar problemas complexos que poderiam ser tratados eficazmente com acompanhamento profissional.
Com poucos cliques é possível ter acesso uma vasta quantidade de produtos que prometem a solução para queda de cabelos, porém, o uso ou a ingestão de qualquer substância indicada como tratamento para perda severa de fios não deveria ser uma opção voluntária, ou encarada como “dica” recebida por amigos ou informada como certeira em sites e redes sociais. Quem alerta para isso é o médico e tricologista Dr Ademir Carvalho Leite Junior. Dr Ademir aproveita também para revelar sete mitos e verdades que envolvem o tratamento da queda capilar que deveriam ser levados em consideração por quem percebe que precisa de ajuda.
Quando tratada no início, a queda capilar é revertida em poucos dias.
Mito. Embora existam casos muito específicos apontados em diagnóstico onde os cabelos voltam a crescer com ou sem tratamento. Quedas ocasionadas por episódio estressante que foi rapidamente superado, por exemplo, é um deles.
É possível os cabelos crescerem 4 centímetros por mês.
Mito. É um consenso – não só isso, há estudos comprobatórios – de que o crescimento capilar é estimado em 0,9 centímetros por mês e, levando-se em conta certas especificidades, não ultrapassando os 1,5 mensais. Isso em pessoas com a saúde estável e sem calvície.
Não há recuperação do crescimento capilar em menos de 2 meses.
Verdade. Entre as opções de produtos facilmente encontrados pelo consumidor a promessa de crescimento rápido, em semanas – muitas vezes até menos que duas – é comum. Porém, cabe esclarecer que para os cabelos voltarem a crescer normalmente são necessários mais que dois meses.
Cuidado com profissionais que divulgam fotos de antes e depois com resultados muito expressivos em intervalo de tempo muito pequeno. Os cabelos crescem 1cm por mês, mesmo com o melhor tratamento do mundo ninguém consegue fazer excelentes resultados da noite para o dia.
O desespero prolongado pode piorar a queda.
Verdade. Quando o estresse, a ansiedade e o medo ultrapassam limites que o indivíduo tem como normais ou toleráveis desencadeia reações no corpo, entre elas pode ser a queda capilar.
Quando cessa a queda é o fim do tratamento.
Mito. Para reduzir a queda, medidas de normalização da função dos folículos pilosos precisam ser tomadas. A redução da queda é conseguida após o controle ou eliminação dos fatores causais e dos estímulos para a normalização da função das raízes dos cabelos. Ou seja, o tratamento completo inclui a normalização do crescimento dos fios.
O processo da queda capilar começa antes mesmo dos fios caírem.
Verdade. Nas alopecias mais comuns a queda capilar se dá, em média, após três meses da interrupção do crescimento capilar. Ou seja, o cabelo para de crescer e só se solta do couro cabeludo depois de três meses.
Durante o tratamento é normal os cabelos continuarem caindo.
Verdade. Se eu começo a normalizar a função folicular hoje, através de um tratamento bem elaborado, haverá um montante de cabelos que seguirá caindo por até 3 meses, após iniciado o tratamento. Pois a função de crescimento deles, seus folículos, já estavam comprometidos.
Como mensagem final, gostaria de dizer que você pode ter sucesso no tratamento capilar. Naturalmente, isso deve estar muito bem alinhado com o problema que você está enfrentando, a capacidade de recuperação capilar que seu couro cabeludo oferece, a orientação de tratamento sugerida e a sua disciplina em realiza-la. É importante ter tranquilidade, procurar a ajuda certa e se informar nas fontes mais confiáveis (se for o caso, pergunte ao profissional que está cuidando de seu caso, onde se informar).