Expectativa de inflação mantém-se em 4,95% em relação à semana anterior
O mercado financeiro manteve as expectativas de inflação, medidas pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPCA). De acordo com dados do Boletim Focus, a projeção é de 4,95% para 2023, o que representa uma manutenção na comparação com o índice divulgado há uma semana. A manutenção ocorre após oito quedas consecutivas de expectativas de inflação.
O IPCA é considerado o índice oficial que mede a inflação brasileira.
Para 2023, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais (p.p), para cima ou para baixo. Portanto, a expectativa de inflação ainda permanece acima da meta.
No PIB, a projeção cresceu desde a semana anterior. A projeção de crescimento do PIB para 2023 é de 2,24%. As expectativas seguidas de crescimento do PIB ocorreram em vista da divulgação do resultado do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre de 2023 acima do esperado, em alta de 1,9%.
Já a projeção do dólar se mantém estável desde a última semana, principalmente pela melhora da avaliação de risco-país, divulgada pela S&P. Esta é a quarta semana consecutiva de estabilidade do câmbio. A moeda é cotada a R$5,00 para 2023.
Ainda que a expectativa de inflação supere seu teto de meta, pode-se dizer que, conjuntamente, os índices de IPCA, PIB e Câmbio divulgados na segunda-feira (17) indicam melhora da economia brasileira em 2023.
Já a projeção da taxa de juros básica da economia, a Selic, permanece a 12% para 2023. Para 2024, a projeção é de 9,50% e, em 2025, 9%. Esta é a segunda semana consecutiva de estabilidade de projeção da taxa de juros. Porém, as semanas anteriores haviam sido de queda da taxa básica de juros da economia, a Selic.
O IGP-M, principal índice de reajuste de aluguel do país, teve variação negativa de 2,69% e apresenta deflação, em uma sequência de quedas semanais desde o início de abril de 2023. Esta é a décima quarta semana seguida de queda do IGP-M. Da mesma forma, o IPCA Administrados, que representa serviços e produtos com reajustes definidos por contratos ou regulados pelo setor público, teve queda pela décima primeira semana consecutiva e se encontra no patamar de 8,95%.
As informações foram divulgadas pelo Banco Central na segunda-feira (17). Segundo o Banco: “as informações são provenientes do Relatório Focus e resumem as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central.”
Fonte: Brasil 61