Planos de saúde individuais podem ficar até 9,63% mais caros, define ANS

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Valor foi definido e aprovado pela ANS nesta segunda-feira (12), e vai impactar cerca de 8 milhões de usuários

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou o reajuste de 9,63% para planos de saúde individuais e familiares regulamentados. O valor foi definido e aprovado durante reunião dos diretores da agência nesta segunda-feira (12), e considera a variação das despesas assistenciais ocorridas em 2022, em comparação com as despesas assistenciais de 2021, dos beneficiários.

O aumento já pode ser aplicado imediatamente pelas operadoras, retroativo ao mês de maio. O presidente da ANS, Paulo Rabello, explica que o valor aprovado representa o percentual máximo que pode ser aplicado aos planos. “As operadoras são livres para aplicar reajustes mais baixos e ficam proibidas de fazer reajuste acima”.

O novo reajuste será válido para o período de maio de 2023 até abril de 2024, para os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à nova legislação (Lei nº 9.656/98). O valor irá impactar o contrato de cerca de oito milhões de beneficiários, que representam aproximadamente 16% do total de 50,6 milhões de consumidores de planos de assistência médica no País.

Como será aplicado o reajuste? – Poder ser aplicado somente a partir do mês de aniversário de cada contrato. Caso o mês de aniversário do contrato seja maio, é permitida a aplicação retroativa do reajuste.

O cálculo do reajuste leva em conta as despesas assistenciais com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), descontando o plano de saúde. O valor poderá ser aplicado no mês de aniversário do contrato, ou seja, no mês em que o beneficiário contratou o plano.

O valor final é impactado pela inflação, o aumento ou queda da frequência de uso do plano de saúde e os custos dos serviços médicos  e dos insumos, como produtos  e  equipamentos.

Dados locais – Em Mato Grosso do Sul, mais de 59 mil novos beneficiários contrataram plano de saúde até janeiro deste ano, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O número total de planos contratados no estado chegava a ultrapassar 644 mil em maio de 2023.

Conforme dados da ANS, o crescimento da adesão aos planos da saúde aconteceu após a pandemia da Covid. Em janeiro daquele ano havia mais de 593 clientes, e o número saltou para 593 mil no ano seguinte, e caiu para 582 mil usuários em 2020.

Já em 2021, após a pandemia, houve aumento para mais de 600 mil usuários. Em 2022, cresceu para cerca de 610 mil beneficiários.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, existem 352 planos de saúde ativos em todo o estado. Para mais de 500 mil beneficiários, o serviço é coletivo empresarial, ou seja, mantido através do contrato de trabalho.

 


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