Investimentos no exterior atraem brasileiros
Com movimentações que já superam US$ 1 bilhão, investidores brasileiros demonstram interesse em inversões financeiras no exterior
O retorno depende de diversos fatores, como a conjuntura econômica dos países onde os investimentos são feitos, as condições políticas, entre outros
O Brasil tem se feito presente em oportunidades de investimento no exterior e, segundo a pesquisa realizada pela XP Invvestimentos, houve crescimento do interesse entre investidores brasileiros quanto à aplicação de seu capital no mercado estrangeiro para o ano de 2023. Dentre os mais de 10 mil respondentes do estudo, 74% afirmaram o desejo de aumentar sua exposição internacional.
No setor de imóveis dos Estados Unidos, por exemplo, entre os anos de 2021 e 2022, os brasileiros aplicaram US$ 1,6 bilhão nesse segmento, posicionando o país como o quinto que mais investe em imóveis nos EUA. Mas, segundo o levantamento da XP Investimentos, os principais pontos de interesse para 2023 são os títulos de renda fixa nos EUA, com 49% dos clientes interessados, e o dólar, com 48% de interessados.
Daniela Colombo, criadora de conteúdo sobre investimentos, afirma que existem várias opções de investimentos no exterior disponíveis para investidores brasileiros que buscam por alternativas. Algumas das principais listadas pela especialista são:
- Ações: Investir em ações de empresas estrangeiras é uma das formas mais comuns de investimento no exterior. Isso pode ser feito por meio de corretoras internacionais ou por meio de fundos de investimento.
- ETFs: Os ETFs (Exchange-Traded Funds) são fundos de investimento negociados em bolsa que rastreiam índices de mercado. Eles podem ser uma forma fácil e acessível de investir em ações, títulos ou commodities estrangeiros.
- Bonds: Os títulos estrangeiros, ou bonds, são uma opção de investimento de renda fixa emitida por governos, empresas ou outras instituições financeiras.
- REITs (Real Estate Investment Trusts) são negociados em bolsa de valores que investem em uma variedade de ativos imobiliários, como edifícios comerciais, residenciais, shopping centers, hospitais e hotéis.
Com relação à procura por aquelas que gerariam mais chances de retorno imediato, ou que poderiam ser lucrativas a longo prazo, a especialista recomenda cautela, pois não é possível afirmar com certeza quais opções de investimentos no exterior geram mais retorno imediato ou a longo prazo. “O retorno depende de diversos fatores, como a conjuntura econômica dos países onde os investimentos são feitos, as condições políticas, as flutuações cambiais, entre outros”, diz Colombo.
Ao analisar opções disponíveis atualmente, Colombo afirma que, no curto prazo, investimentos em títulos de renda fixa, como bonds, podem gerar retornos mais previsíveis, mas com menor potencial de ganho. Já no longo prazo, investimentos em títulos de renda fixa, ações e REITS podem ser mais lucrativos, desde que escolhidos com cuidado e acompanhados de perto.
“É importante ressaltar que o retorno do investimento nunca é garantido e que é necessário considerar diversos fatores, como a diversificação da carteira, a alocação de ativos e a estratégia de investimento antes de tomar qualquer decisão de investimento no exterior”, alerta a profissional.