O suspeito de matar o próprio filho, Fernando Nelson Neves Nascimento, de 37 anos, teria levado Bernardo Souza Nascimento, de 6 anos, até a praia antes do assassinato. As informações foram repassadas à Polícia Civil. Fernando foi preso no final da tarde de sábado (1º), na Avenida Adalberto Simão Nader, em Goiabeiras, Vitória. A detenção foi realizada por policiais da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha. Leia também: > Sedativo e asfixia: pai deu detalhes de como matou o filho de 6 anos > Tiroteio em Cariacica deixa dois mortos e um ferido > Suspeito morre após confronto com a polícia em Colatina Caso Bernardo: pai pediu à ex para buscar o filho Segundo o delegado da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Adriano Fernandes, o pai teria mostrado interesse de prestar assistência para o filho. Com isso, ele teria buscado a criança e o levou para um passeio na praia. “Ele ligou para a ex-companheira, pediu para buscar o Bernardo, mostrando interesse de prestar assistência como pai. Eles foram para a praia e passaram o dia lá. Quando estavam retornando, o Bernardo, de forma inocente, contou que a mãe iria se mudar com as crianças”, disse o delegado. Ainda conforme o delegado, diante do relato inocente da criança, as investigações também buscam concluir se Fernando já tinha intenção de matar o filho quando o buscou na casa da ex-mulher. “A polícia investiga se o pai pegou o Bernardo, já na intenção de matá-lo ou se surgiu essa vontade depois que soube que a mãe iria se mudar”, disse Adriano Fernandes. “Ele era possessivo”, descreveu o delegado Ainda segundo as investigações, Fernando era considerado possessivo e não aceitava o fim do relacionamento. A ex-companheira de Fernando havia registrado boletim de ocorrência contra o ex em dezembro de 2024. “Fernando não aceitava o final do relacionamento com a companheira. Ele era possessivo. Quando casal terminava, ele passava a persegui-la e procurá-la no local de trabalho e até a igreja. Mas eles voltavam a se relacionar porque ele dizia que ia mudar. Ela tinha dependência financeira com ele porque tinham três filhos”, explicou o delegado. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que Fernando deu entrada ainda no sábado (1º), no Centro de Triagem de Viana.

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Comissão da Ales acionou MPES e Sesp após jovem ser morto em abordagem policial em Colatina. Investigações estão em curso

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) cobrou apurações sobre ação policial que resultou na morte do jovem Danilo Lipaus Matos, de 20 anos, em Colatina, na última sexta-feira (31).

A comissão enviou ofícios ao Ministério Público Estadual (MPES) e à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) .

Ação policial em Colatina: pedido de providências

O ofício enviado ao MPES solicita “providências efetivas para garantir a apuração de qualquer ato de violência policial e zelar pela atuação eficiente e isenta das forças de segurança”.

A Comissão também enviou ofício à Sesp cobrando informações sobre os protocolos seguidos pela Polícia Militar na abordagem que resultou na morte do jovem.

A presidente da Comissão, deputada Camila Valadão (PSOL), afirmou que é preciso medidas precisam ser tomadas para fiscalizar casos como este.

A letalidade policial precisa ser enfrentada com seriedade. Não podemos permitir que casos como esse se tornem recorrentes sem a devida responsabilização. Estamos cobrando respostas das autoridades competentes para que este caso não fique impune, afirmou.

Carro foi atingido por mais de 40 disparos

Danilo foi morto após o carro em que ele estava ser atingido por 44 disparos de arma de fogo efetuados por policiais militares, no bairro Aeroporto, em Colatina.

Polícia Militar afastou os policiais militares envolvidos na ocorrência. Além do afastamento, a conduta adotada pelos policiais também vai ser investigada pela Corregedoria da PM.

Em entrevista à TV Vitória/Record, o pai do jovem, Josenildo Monteiro Matos, afirmou que a caminhonete pertencia a Danilo e a abordagem aconteceu depois que o rapaz saiu de uma festa.

Segundo ele, o veículo estava com documentação em dia e o filho tinha carteira de motorista.

“É uma picape que compramos em 2013. Eu tinha dado essa picape para ele. Ele tinha carteira de habilitação e o documento estava correto. Não tem motivo deles fazerem isso com meu filho”, afirmou.

Inquérito na Corregedoria vai investigar o caso

Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que foi determinada a instauração de inquérito policial militar pela Corregedoria da Polícia Militar e o afastamento das atividades operacionais de todos os policiais envolvidos na ação.

Além do inquérito da Corregedoria, também será feita a investigação pelas Polícias Civil e Científica, com acompanhamento direto do Ministério Público em todas as apurações.


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