Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morre após queda de helicóptero

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O governo do Irã e o veículo estatal IRNA confirmaram na madrugada desta segunda-feira (20) a informação; o primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, deve assumir o comando do país com a morte de Ebrahim Raisi

 

O presidente do IrãEbrahim Raisi, de 63 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (20) após a queda do helicóptero que o transportava de volta ao país depois de uma visita à fronteira com o Azerbaijão neste domingo (19). Raisi estava acompanhado do chanceler Hossein Amirabdollahian, do líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem e do governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental. A informação foi confirmada pelo veículo estatal IRNA e pelo governo do Irã.

Ao chegar ao local do acidente, o helicóptero estava completamente queimado e os agentes confirmaram que não havia sobreviventes. Os políticos viajavam em direção a Azerbaijão Oriental para inaugurar uma barragem ao lado do presidente Ilham Aliev, na fronteira entre os dois países.

Segundo a agência de notícias oficial IRNA, mais de 20 equipes de resgate equipadas com drones e cães farejadores, haviam sido enviadas ao local do acidente, próximo à cidade de Jolfa, a cerca de 600 quilômetros da capital, Teerã.

A busca foi acompanhada pela comunidade internacional, dada a relevância do Irã no Oriente Médio, região abalada pelo conflito entre Israel e o Hamas, um aliado de Teerã. Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Kuwait ofereceram ajuda nas buscas, assim como a Síria e o Iraque. A Turquia enviou 32 socorristas e seis veículos para participar do resgate.

O primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, deve assumir o comando do país neste momento.

Saiba mais sobre Raisi

Eleito em 2021, Ebrahim Raisi foi uma figura proeminente no Irã e como presidente supervisionava todo o trabalho do governo. Era a segunda pessoa mais poderosa na estrutura política do Irã, depois do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Era visto como um político linha-dura e ultraconservador. Apoiou militantes por procuração em todo o Oriente Médio, acelerou o programa nuclear do país e levou o Irã à beira da guerra com Israel. No entanto, no mesmo período, o Irã passou por seus maiores protestos contra o governo em décadas e por uma grave desaceleração econômica causada por sanções internacionais e alto índice de desemprego.


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