Secretário de Esportes faz balanço dos trabalhos
Nunes destacou maior atenção da pasta aos projetos sociais e à oferta de atendimentos no interior, além de ferramentas para medir índices, indicadores e resultados de atletas
A Comissão de Turismo e Desporto recebeu, na noite de segunda-feira (22), o secretário estadual de Esportes e Lazer, José Carlos Nunes, para um balanço das principais políticas e programas tocados pela pasta, além de obras e ampliação de equipamentos públicos. Nunes chefia a pasta desde janeiro de 2023.
O gestor apresentou iniciativas realizadas pela pasta, como a ajuda no custeio de passagens aéreas aos competidores capixabas (programa Voe Atleta); o auxílio financeiro mensal para atletas e paratletas de alto rendimento (Bolsa Atleta); os núcleos com oferta de diversas modalidades para crianças e adolescentes em todos os municípios (Campeões de Futuro); e dados relacionados aos avanços após a Lei de Incentivo ao Esporte, de 2021.
“No primeiro ano, a partir de 2022, a gente começou a fazer esses investimentos, foram R$ 8 milhões, foram 20 projetos”. Segundo o titular da Sesport, em 2023 foram quase R$ 12 milhões para atender 35 pautas. Em 2024, até o momento, já foram R$ 15 milhões, destinados a quatro projetos.
Social
Nunes destacou as mudanças no foco de atendimento da Secretaria de Esportes de Lazer (Sesport) no período à frente da pasta: mais atenção para os projetos sociais, em vez dos eventos, e o processo de interiorização da pasta. “Em 2022 nós tivemos 12 projetos sociais e 8 eventos. Em 2023 nós tivemos 23 projetos sociais e 12 eventos. E esse ano a prioridade nossa foi ainda mais apostar nos projetos sociais (…). Por que a gente entende que investir mais nos projetos sociais é bom para o Estado? Justamente porque a gente consegue chegar na camada que mais precisa de política pública”, defendeu.
Nunes também destacou o programa Campeões de Futuro. “A gente consegue fazer, porque esse projeto alcança o maior número de municípios. Hoje, nós temos aproximadamente 21 mil alunos inscritos no Campeões de Futuro. Nós estamos divididos em 298 núcleos em 73 municípios. O núcleo nada mais é do que um local onde (eles) desenvolvem a modalidade. Então, pode ser que o núcleo tenha mais de uma modalidade”, citou.
Na análise do secretário é possível, com tais núcleos, mapear qual a vocação de cada localidade pela quantidade de atletas desenvolvendo determinada modalidade. “Podemos apostar um pouco mais naquele município, construir dali grandes atletas para nos representar em nível nacional e internacional, transformar em atletas de alto rendimento”, disse.
Mensuração
O secretário também enfatizou a importância de mais três iniciativas: o Observatório, o Censo e o Plano Estadual do Esporte. Sobre o Observatório do Esporte, Nunes defendeu a utilidade de uma plataforma para criar “índices, indicadores e resultados”. “É inadmissível a gente investir tanto e não saber qual resultado trouxemos para o nosso estado”, pontuou.
“O plano estadual a gente já vai iniciar agora dia 30 de abril, lá em Nova Venécia, aí depois Grande Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Afonso Cláudio e São Mateus. Vamos dividir o Estado em cinco regiões para o plano”, explicou. A lógica é conversar com representantes de todas as modalidades no Espírito Santo e elaborar políticas e estratégias para os próximos 10 anos.
Transversalidade do esporte
O presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado Coronel Weliton (PRD), defendeu o caráter transversal do esporte, tanto no aspecto social, quanto no econômico.
“O esporte, aliado à educação e por meio de projetos, pode oferecer oportunidades para todos e principalmente para aqueles que estão em condições de risco social. O esporte possui um grande potencial de socializar indivíduos, das mais diferentes classes, religiões, gêneros, idades, entre tantas outras diferenças presentes em nossa sociedade”, disse.
“Muitos eventos esportivos, por menor que sejam, fomentam o turismo, com aluguel de um apartamento, um quarto de hotel, abastecimento de um veículo (…). São diversos outros segmentos que são mobilizados através de um evento esportivo que gera o turismo. E o turismo é uma fonte límpida de geração de emprego, renda de oportunidades”, complementou.
O parlamentar também cobrou do Poder Executivo mais inclusão do esporte para pessoas com transtornos. “Um esporte direcionado a quem tem um transtorno. E nós sabemos que eles têm habilidades específicas e precisam ser exploradas essas habilidades”.
O vice-presidente do colegiado, Allan Ferreira (Podemos), também refletiu sobre o tema: “(o esporte) “é uma ferramenta de inclusão que proporciona saúde, respeito, comprometimento e vários outros fatores que fortalecem ainda mais nosso vínculo com a sociedade”, afirmou.