Brasil possui capacidade de aumentar em até 100 vezes a energia solar
Durante o seminário “Energia limpa: A transição energética do Brasil”, realizado em fevereiro, foi exposto que o Brasil possui a capacidade de aumentar em até 100 vezes a energia solar. Contudo, a capacidade instalada hoje é de apenas 30 gigawatts, e apesar de já ser considerado um número relevante, este ainda pode aumentar em grande escala. Por outro lado, em relação à energia eólica, a capacidade instalada nacional se aproxima de 30 gigawatts, mas pode multiplicar-se em até 25 vezes em terra.
O Brasil possui recursos não somente em qualidade, mas em quantidade. O mundo, por exemplo, possui 30% da matriz energética limpa, enquanto o Brasil ultrapassou 90% apenas em 2023. Considerando isso, o país não poderia perder a oportunidade de investir recursos no fomento pelas energias limpas. Não quando nós temos uma capacidade enorme de liderança e podemos ser um exemplo à nível mundial.
Papel do hidrogênio verde na transição energética
Além disso, durante o evento foi mencionado o hidrogênio verde como um negócio promissor a médio prazo, no que diz respeito à transição energética. O estudo produzido pela Bloomberg afirma que em 2030 é esperado que o hidrogênio verde seja mais competitivo e barato no Brasil quando comparado com o hidrogênio cinza obtido a partir do gás em outros países.
O hidrogênio verde é utilizado em muitas refinarias durante o processo de desenvolvimento de diesel e outros combustíveis. Além disso, ele também pode ser utilizado como matéria-prima para produtos em outros setores, produzindo insumos como por exemplo a amônia verde, o etanol verde e combustíveis sintéticos. O hidrogênio verde tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Diante de um contexto de descarbonização e sustentabilidade, ele pode ser usado como uma fonte de energia limpa, sendo uma forma de diminuir os níveis de emissões.
A energia solar já tem ganhado mais espaço, até mesmo entre empresas avícolas
As fontes renováveis vêm avançado em diversos setores, entre eles podemos citar as empresas avícolas. Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal do país, dois terços da produção avícola nacional, investiram nos últimos três anos no aumento da participação da energia limpa, assim como já confirmaram futuros projetos voltados para o tema.
Isso se deve, em sua maior parte, à queda no valor da implantação da tecnologia e na oferta de linhas de crédito, já que a medida que os produtores observam retorno mais rápido do investimento, mais esses investem na mesma. A energia solar não é novidade, mas seu avanço fortalece a sustentabilidade e amplia o protagonismo internacional do Brasil.