Advogado suspeito de dirigir bêbado e injúria racial contra policial é suspenso pela OAB

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A suspensão é de 30 dias e, durante o prazo, a OAB vai apurar os fatos. Ocorrência foi registrada em Vitória

 

O advogado de 69 anos detido na noite de sábado (02), em Vitória, suspeito de dirigir sob efeito de álcool e praticar injúria racial contra um policial militar, foi suspenso, por 30 dias, das atividades na Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES).

Ele chegou a preso em flagrante, mas foi liberado sem a necessidade de fiança durante audiência de custódia no domingo (4).

A suspensão foi informada pelo presidente da OAB-ES, José Carlos Risk, à reportagem do Folha Vitória.

“Ele será notificado para entregar a carteira e recebeu suspensão de 30 dias. Enquanto isso, nós vamos instaurar um processo interno para apurar os fatos e, após esses 30 dias, ele pode receber outro tipo de punição ou não. Nesse prazo, ele tem direito de se defender. Mas, nesse primeiro momento, decidimos por bem a suspensão”, contou.

A prisão do advogado ocorreu após um motorista abordar a Polícia Militar durante um patrulhamento na Avenida Dante Michelini informando que o suspeito teria colidido com o seu carro.

Os militares começaram as buscas e o encontraram próximo à ponte de Camburi. A equipe solicitou que o motorista parasse, mas ele continuou e só parou quando estava na Avenida Saturnino de Brito, no bairro Praia do Canto.

Ainda segundo a polícia, o advogado desembarcou do veículo com sinais claros de embriaguez, apresentando dificuldade de equilíbrio e fala arrastada. Ele fez o teste do bafômetro, que deu positivo para a ingestão de álcool.

Em seguida, o condutor ameaçou os militares, afirmando conhecer coronéis importantes na instituição e que os policiais iriam se arrepender.

Além disso, o motorista alcoolizado é suspeito de ter proferido frase racista contra um dos policiais que o conduziu até a viatura. De acordo com o documento do Tribunal de Justiça do Espírito Santo da audiência de custódia do advogado, no qual o Folha Vitória teve acesso, ele se referiu ao policial como “nego filho da p.”

O homem foi encaminhado à Delegacia Regional de Vitória.

 

Fonte: FV


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