Pastor que apoiou Lula nas eleições pede ajuda financeira a fiéis
Paulo Marcelo Schallenberger chegou a ser cotado para assumir uma secretaria que contemplaria os evangélicos no governo
O pastor evangélico Paulo Marcelo Schallenberger, que fez campanha a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas eleições presidenciais, publicou um apelo nas suas redes sociais por ajuda financeira dos seus seguidores.
Ele disse que está passando por um problema de saúde e disponibilizou sua chave pix para vender o próprio e-book por R$ 13.
Além de ser o principal nome evangélico na campanha petista, Schallenberger, que se apresenta apenas como pastor Paulo Marcelo, chegou a ser cotado para assumir uma secretaria que contemplaria os evangélicos no governo.
A ideia nunca saiu do papel e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, disse em entrevista que a proposta estava descartada.
“Nunca imaginaria dizer o que vou dizer aqui agora. (…) Eu queria confessar que estou passando um momento de saúde muito delicado. Emagreci sete quilos em 30 dias. Mas não é nada tão grave, vai se resolver. Eu precisaria muito da sua ajuda, da sua mão estendida”, disse o pastor Paulo Marcelo nas redes sociais.
O livro se chama “Vencendo as dificuldades da vida” e foi escrito pelo religioso em 2020. Na publicação nas redes sociais, usuários criticaram o pastor pelo apoio a Lula e falaram para ele pedir ajuda ao presidente.
Dias depois, ele publicou o trecho de uma live com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta. O tema da conversa foi a relação da esquerda com os evangélicos.
Aproximação com evangélicos
Durante a campanha à Presidência, Lula tentou se aproximar dos evangélicos, eleitorado mais próximo de Jair Bolsonaro (PL), que foi seu adversário.
Na reta final da campanha, o petista chegou a ir a um culto e publicou uma carta direcionada aos evangélicos. Passado quase um ano do governo, a aproximação como grupo continua incipiente.
Já no governo de transição, os evangélicos ficaram sem espaço no governo. Houve uma discussão sobre a criação de uma Secretaria para o Diálogo Religioso, que ficou engavetada. Na época, o diálogo com os evangélicos e com outras religiões ficou sob responsabilidade do Conselho de Participação Social, que aglutinou demandas de movimentos sociais.