Mulher finge ser médico e usa foto de político do ES para aplicar golpes em app de namoro

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Além dos golpes virtuais, a estelionatária enganava de forma presencial, marcando encontros em hotéis de Belo Horizonte, onde residiu recentemente

Uma mulher de 27 anos foi presa em Belo Horizonte (MG) após se passar por um médico capixaba em aplicativos de namoro e aplicar golpes em outras mulheres. A golpista chegava até a marcar encontros presenciais e utilizava a foto de um político do Espírito Santo.

Utilizando o nome de Rafael, a mulher contava detalhes da suposta vida pessoal para atrair as vítimas de todo Brasil.

“Ela se passava por um médico, ou por um herdeiro. Muitas vezes falava que era herdeiro de uma rede de hotéis. Falava que era uma pessoa rica”, contou a delegada Larissa Mascotte, titular da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual.

Além dos golpes virtuais, a estelionatária também enganava de forma presencial, marcando encontros em hotéis de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde residiu recentemente.

Para não perder o disfarce, porém, a mulher exigia que as vítimas seguissem algumas regras.

“Ela não deixava a mulher acender as luzes do quarto, falava que ficava com dor de cabeça, enxaqueca, ou que estava com depressão”, relatou a delegada.

As vítimas iam até os hotéis, onde mantinham relações sexuais com a suspeita de estelionato. Para se passar por um homem, segundo a delegada, a estelionatária usava um cinto com um pênis de borracha. A investigada pedia dinheiro e presentes para algumas das vítimas, mas o principal objetivo era de cunho sexual.

De início, devido a paixão, as vítimas não percebiam a mentira. Foram necessários vários encontros às cegas para que as mulheres começassem a desconfiar.

Alguma das vítimas chegaram a procurar a foto nas redes sociais, e encontraram o perfil do político capixaba.

“Ele foi ouvido e relatou que várias mulheres o procuraram para contar que foram vítimas dessa golpista, em vários estados diferentes”, afirmou a delegada.

Caso é investigado desde 2021

A Polícia Civil investiga o caso desde o mês de agosto de 2021, quando a primeira vítima registrou o boletim.

Desde então, um total de 6 mulheres denunciaram a suspeita. No entanto, os agentes desconfiam que o número de pessoas enganadas pode ser muito maior. Somente em Minas Gerais, pelo menos 7 mulheres teriam se relacionado com a estelionatária.

“Foram vítimas médicas, dentistas, influenciadoras digitais, gerente comercial. São vítimas bem-sucedidas, que estão inclusive com medo e vergonha de se expor”. 

A golpista é designer gráfica e, por isso, para enganar as mulheres, realizou montagens de fotos, criou documentos falsos e fez até chamada de vídeo.

Segundo a polícia, a mulher pode responder pelo crime de violação sexual mediante a fraude, com pena de 2 a 6 anos de cadeia.


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